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sábado, 30 de janeiro de 2010

O que é isso blogspot?

No momento em que ultrapassava pela terceira vez consecutiva as 1500 visitas, pimba! Se foi pro espaço o contador e metade do blog. Isso é o que da manter um blog gratuito. Não se tem nem pra quem reclamar! Mas agradeço aos mais de três mil visitantes nesse primeiro ano. Espero que me ajudem a fazer subir o contador, que está em seu terceiro recomeço (parece casamento!).

Alô Gilberto Jasper, mestre de todos os assessores de imprensa do mercado atual. Visite-me! Léa Aragon! Você que botou nessa parada, come on! Carol, por favor, me visite! Preciso do teu olhar super aguçado!
E tem a Bia, minha companheira de Rotary, que lá de Pelotas, volta e meia dá uma olhada por aqui.

O Concriar caiu, mas sei lá como, voltou a ativa!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Se a Cicarelli podia...

Lembram a Daniela Cicarelli em 2006, em uma linda praia de Cádiz na Espanha? Flagrada em momentos pra lá de íntimo com seu namorado da época, acabou sucesso no YouTube. Ela alegou invasão de privacidade, tirou a imagem por alguns tempos da internet. Mas não durou muito. Afinal de contas, estava em uma praia pública, ora.

Agora, em janeiro de 2010, em pleno Capão da Canoa, no frio litoral gaúcho, um amigo saiu a fotografar a orla. Captava imagens de crianças, conchinhas, o colorido dos guarda-sóis quando se deparou com a cena apaixonada de um jovem casal a imitar aquele momento na costa espanhola. O mar não era o mesmo, nem o casal tão vistoso assim. Mas a paixão exibicionista era igual. E um fotógrafo amador teve, enfim, seu momento paparazzi.  Capão não é mais a mesma, né?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Mais de 59% das ligações ao Salvar-Samu são trotes


Adoramos criticar governos, políticos e em escala menor, empresas privadas. Existe um batalhão avançado que só reclama. Mas fazemos o que para mudar isso? Educar nossos filhos, esclarecer nossos amigos sobre pequenos, mas importantes detalhes de convívio ajudam. E  muito. Por exemplo, acabei de receber um e-mail da secretaria da Saúde com um notícia aterradora: em todo o Estado, o índice de trotes para o Salvar-Samu chega a 59,6% do total de ligações. É isso mesmo!

Os números parciais indicam que o serviço recebeu, em 2009, 1.317.920 ligações, das quais 779.294 foram trotes. No mesmo período, foram 169.111 regulações e efetuados 66.502 envios de viaturas. Em 2008, o Salvar-Samu recebeu 1.109.938 ligações, das quais 740.393 foram trotes. Naquele ano, houve 106.680 regulações e 33.969 envios de viaturas.

O programa Salvar-Samu resulta de uma parceria entre a União, Estado e municípios. Estão juntos partidos de várias cores e ideologias em busca de um senso comum, voltado ao cidadão. O atendimento móvel atende emergências durante as 24 horas do dia e é acionado pelo telefone 192. Além de atender em casa, reserva leito hospitalar, se necessário, e faz o transporte imediato do paciente para o hospital de referência mais próximo. Salva centenas de vidas.

Explicar como o trote, então? Não é um ou dois. São milhares de ligações! Estou convencido de que nossa nação está doente. De um lado deseja uma salutar purificação ética entre seus representantes eleitos, quer comprar e pagar o preço justo mas sorrateiramente, aciona números destinados a salvar vidas, ajudar quem sabe, um amigo, um vizinho em situação de emergência.

O bicho cruel, assassino, que faz da vida um brinquedo, uma piada sem graça vive não em um, ou dois pacatos cidadãos mas dilacera a consciência de milhares. Tem guri, tem jovem, tem velho. Gente de todos os sexos, nessa histeria. Estaremos todos doentes? Em delírio? Ou a evolução da espécie ignora um mínimo senso de solidariedade e humanidade. Mais um pouco e eu vou jurar que o mundo está perto do fim. Enquanto não chega esse dia, vamos educar quem for possível. E os que não tem mais jeito, fiscalizemos. Os denunciemos antes que milhares morram vitimas de um trote sem graça.

Aqui iriam atropelar os Beatles


Porto Alegre iniciou uma intensa campanha de respeito no trânsito partindo do básico: fazer os motoristas botocudos da Capital pararem na faixa. Ou seja,  vamos preservar o senhor pedestre. Tem até um site http://www.novosinal.com.br/  e durante o início da campanha, a coisa funcionou. Mas diminuíram os vídeos na tevê e rádio e tudo volta, pouco a pouco, ao velho status botocudo de antes.


Se os Beatles houvessem escolhido Porto Alegre para a famosa capa de seu derradeiro álbum - aquele onde atravessam pacificamente uma faixa de segurança -, na londrina Abbey Road, tenho lá minhas dúvidas sobre a manutenção da integridade física dos quatro cabeludos. Haveria um festival de pneus riscando o asfalto, impropérios seguidos de histérica saraivada de buzinas que, com certeza, determinariam uma nova idéia para a capa. Em outro local, é claro.  


Volta e meia assisto verdadeiros espetáculos de agilidade e elasticidade de pedestres no espaço daquelas fatídicas listas brancas. Por exemplo, diariamente cruzo a  faixa de segurança existente na saída do viaduto Loureiro da Silva no sentido Duque de Caxias. Preciso levantar o braço com determinação e cara de mau. Na tarde ontem, ao perceber a corajosa iniciativa de uma idosa, com as mãos ocupadas por sacolas e mesmo assim, decidida a enfrentar o desafio de chegar ao outro lado da calçada, resolvi ajudá-la. Ergui o braço e cruzamos a faixa. Só que naqueles tensos segundos, ouvimos todo o tipo de desaforo. “Quer matar tua véia?” ou “Vó, cuida desse débil mental!”

 

Esta explosão de intolerância e estupidez, evidencia o baixo nível de muitos condutores de veículos da capital gaúcha.  Até ser modelo para inglês ver, serão necessários mais alguns anos. Preparar os futuros motoristas. A turma atual para. Mas na base da multa, da intimidação. Agora, em dias de Fórum Mundial Social, de repente um estrangeiro pode colocar seu pé na faixa e virar estatística de atropelamento, não ideológico, é claro. Simplesmente,  pura falta de educação.Por enquanto, como cantariam os quatro cabeludos de Liverpool, continuamos mais na base do Help! Ainda longe do Give Peace A Chance.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Stop and take a time to smell the roses



Tomei um puxão de orelhas de minha querida amiga Léa Aragón. Logo após os festejos de Ano Novo, ela me guardara um mimo e queria me entregar. E atrapalhado pelo cotidiano doido não fui buscar. Saía tarde do trabalho, ou ía ao shopping pagar contas, ao supermercado ou simplesmente, aquela distração para as coisas boas que nos levam a esquecer os bons amigos. Não dá pra ser assim! A vida está acelerada demais! Ontem fiquei sabendo que a tal encomenda era uma linda muda de rosas que, é claro, já haviam murchado. Outras brotavam.


Imediatamente lembrei um disco dos anos 80 do véio Ringo Starr - o mais bonachão dos The Beatles - Stop and Take a Time to Smell the Roses (Pare e dê um tempo para cheirar as rosas). A vida da gente, tão cercada de angústia, expectativas e prazos a cumprir precisa muito desse toque beatle, como cantaria o esquisito Belchior (que também deu um tempo e se escondeu no Uruguai, lembram?).  


Léa me deu um segunda chance. Buscarei as rosas. Vamos plantá-las junto a estas da foto acima. Vivem lá em meu humilde pátio, no topo de uma colina no Guaíba Country Club. Quem sabem, outros irão parar e olhar.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Zilda Arns: Nobel póstumo




Ivar Hartmann* 

Zilda Arns, idealizadora e administradora da Pastoral da Criança, foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz em 2001, 2002 e 2003. Não ganhou. É improvável que o leitor lembre-se dos ganhadores deste prêmio naqueles anos, afora o último, dado a um falcão da guerra: Barak Obama. Zilda morreu agora no Haiti e foi a pior perda do cataclismo entre tantas dezenas de mortos, ilustres ou não, conhecidos ou anônimos, sorvidos pela tragédia de poucos dias atrás. Perda não do Brasil, mas da humanidade. Fazendo uma análise dos números da Pastoral da Criança, a catarinense Zilda foi a maior mulher brasileira do Século XX, e, por sua trajetória, uma daquelas que ombreia com as mais importantes e conhecidas mulheres líderes mundiais. Os números que vem a lume nestes dias impressionam pelo gigantismo. No dizer da própria Zilda, medidas simples e baratas, como ferver a água a ser dada para as crianças, lavar as mãos, usar soro doméstico, alfabetizar as mães e ensinar-lhes um ofício, transformou os números da mortalidade infantil. E levou a Pastoral da Criança do Brasil a cruzar fronteiras para outros 27 países latinos e africanos.

O teste inicial destas propostas de Zilda, há cerca de trinta anos, fez cair a mortalidade infantil no município-cobaia de 127 óbitos por mil, para 20 por mil. Não havia dúvida: eram medidas inovadoras no trato da mortalidade infantil entre as populações mais carentes e que davam resultados para lá das melhores expectativas. E os números cresceram depressa. Hoje são 1,8 milhões de crianças atendidas do zero aos seis anos de idade. Por 260 mil voluntárias em 42 mil comunidades pobres de mais de 4 mil municípios brasileiros. Afora as quase cem mil gestantes que buscam informações e auxílio. Os números da mortalidade infantil desabaram no Brasil, graças a Zilda e seus ensinamentos. Mais, em um país de corruptos, nunca se ouviu uma informação desabonatória a este trabalho gigantesco. Pelo simples fato de as 260 mil voluntárias, moradoras das regiões que a Pastoral atende, trabalharem de graça. Questionadas sobre nada ganharem afirmam: realizamos-nos com o reconhecimento das pessoas. Obra e resultado deste porte levam a vida e a morte para outra dimensão. E é obrigação do Governo brasileiro e da própria Pastoral propor e defender o nome de Zilda para um Nobel de reconhecimento póstumo.
ivarhartmann@terra.com.br

*Ivar Hartmann é promotor púbico aposentado e colunista do 
Jornal NH - Gruposinos, Novo Hamburgo, RS
artigo postado no site www.brasilalemanha.com.br


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O jardim do éden é aqui


De repente três sacos de lixo desabam da carroça espalhando papelões e latas pela calçada estreita da Cristóvão Colombo, defronta a bonita praça da Província de Shiga. O casal de catadores de lixo apressa-se em juntar tudo quando os olhos da mulher se voltam para o interior da praça. “Olha que coisa linda! Eu nunca tinha reparado como é bonita!” Seu companheiro adverte, ressabiado pela vida: “Pára com isso. Vão dizer que tu quer estragar as folhagens”. Mas ela continua embevecida com a água brotando entre as pedras e a vegetação típica de um recanto japonês.

“O jardim do Éden deve ser assim”, afirma, sem parar seu trabalho. Ao ver que o marido não entendera ela explica, pacientemente: “É uma espécie de paraíso, onde todas as pessoas, mesmo as mais pobres, vivem como burguês”. O homem sacode a cabeça e toca a carroça adiante. “Depois o cachaceiro sou eu”, esbraveja, rindo das idéias de sua companheira.


Mas o olhar feliz daquela mulher humilde, a surpreendente cultura, não saiu da memória da amiga Eloá,  testemunha deste momento de humanidade em Porto Alegre. “A vida difícil brutaliza, mas não mata a sensibilidade de uma alma. Aprendi que às vezes reclamamos do lixo que nos cerca enquanto o éden está bem a nossa frente. Basta querer encontrá-lo”, ensina Eloá.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Terremoto na cozinha

Escrevo ainda  abalado pelas imagens do terremoto no Haiti. A tevê mostra a todo tempo a quase total aniquilação da capital, Porto Príncipe. O Brasil comanda a missão de paz da Organização das Nações Unidas, ONU e tivemos então, vítimas brasileiras entre militares e civis, como por exemplo, a  fundadora da Pastoral da Criança, médica sanitarista Zilda Arns. Todos desaparecidos na garganta faminta que se abriu, sorrateiramente, naquele sofrido canto do planeta.

E lá vem teses que assustam. O fim dos tempos! Da Terra como conhecemos. Desastres naturais assombram comunidades inteiras em todo o mundo. Nevascas como nunca vistas na Europa e Estados Unidos. Vendavais inacreditáveis, enxurradas a levar pontes e vidas humanas aqui, ao nosso lado. Arrepia só de pensar.
Mas se é o fim, porque começar pelo Haiti? Qual a lógica natural, qual o sentido em tornar ainda mais dura a condição dos que apenas sobrevivem lá? Os haitianos desde sua independência enfrentam a vil pressão de ditaduras corruptas e assassinas que mantiveram o povo escravo, ignorante e sofrido por tantas décadas.


Lembro meu pai a ouvir via BBC, notícias das barbáries cometidas por Maurice Duvallier - o terrível “Papa Doc” , líder dos Ton-Ton Macoutes, apelido dos asseclas do pacato médico que, ao assumir o poder, transformou-se em monstro ditador. De 1957, até à sua morte em 1971, dominou o país caribenho, atiçando seu povo contra a igreja e toda forma de poder que não o seu, aproveitando-se da crença no vudo, para manter seu povo atado e cada vez mais miserável.  A ditadura prosseguiu com a breve sucessão do seu filho “Baby Doc”, que acabaria por fugir para França em 1986. 


Atualmente o povo do Haiti fez valer, outra vez, a constituição rasgada por tantos desmandos passados.  Tenta um esforço de desenvolvimento com tímido apoio da comunidade internacional. Não tem riquezas minerais. Ouro, petróleo. A economia gira ainda em torno da agricultura, da cana-de-açúcar.  Quem quer ser padrinho de pobre? Pagar a conta?


Agora é diferente. A nação mais pobre da América volta às manchetes. E uma nova desgraça enluta sua trágica história. A fúria da natureza, implacável, é um aviso a haitianos e demais cidadãos do mundo: “tu relés humano, és frágil. És breve!” Então, que se possa efetivar a reconstrução do Haiti e de tantos outros países miseráveis – nações-favela – e assim possamos dormir em paz com nossas consciências. 


Ouvi relatos de amigos que foram ao Haiti, dos militares e da própria sanitarista lamentavelmente falecida  de que o povo haitiano - a despeito da violência e miséria - é em sua grande maioria gentil, recebe com afeto aos que o desejam apoiar. Então se estamos realmente próximos ao fim dos tempos. Se o calendário inca estava mesmo correto e em 2012 será o fim, que a humanidade se despeça em alto estilo e deixe gravado nas pedras, imagens de gente que se ajuda. Que talvez nem se goste muito, mas se respeite.Ora!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ana, outras mulheres e o par perfeito

"Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará..."

A canção, já antiga, veio em ondas encharcando e sacudindo a paisagem bonita. Férias! O mar que tantos anos não visitava. Retornava do auto-exilio de quase um ano, dedicando-se exclusivamente ao trabalho. Eram preciso resolver ainda muita coisa, mas na praia a brisa gostosa com cheiro de maresia e vida, lhe daria mais energia. O vai e vem que arrasta algas na areia deixava lembranças de momentos gostosos e felizes. Caminhadas, passeios de escuna, almoços e jantas especiais. Sempre bem acompanhada por alguém que deixara de ser importante, roubado nas águas do tédio ou do desamor.

Como uma onda, outras viriam, semelhantes, mas nunca iguais. Isso a consolava. "Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu a um segundo" e assim, preparava-se para criar o novo querer que poderia submergir como em outras vezes ou aprender a renovar-se no caminho de uma improvável eternidade. Solidão, em tempos de veraneio pode ser o princípio de algo promissor. Sim, pensava no amor como alimento e remédio, onde receita e bula são fundamentais. Sabia também que nestes casos, as receitas nem sempre dão certo e ler a bula, pode provocar psicológicos efeitos colaterais. Mas quem sabe, antes do carnaval conheceria alguém interessante, pelo menos para ir a uma sorveteria, a um chope ao final da tarde. Que pagasse a conta, que fosse bonito. Que tivesse carinho e disposição para um sexo bom!

Porque não pensar assim? Sempre admirou mulheres de personalidade forte, que se destacam em espaços antes tipicamente masculinos. Queria espelhar-se nelas (sem saber da vida amorosa dessas damas). Homem para acompanhá-la, só do tipo moderno. E passou a construir o que considerava o protótipo ideal de macho fashion: educado, culto, que aceite uma parceira inteligente, sem sentir-se humilhado caso ela tenha cargos, salários e projeção superiores. Não queria um acomodado explorador de mulheres também. Lembrava que o seu ex, por exemplo, não admitia que ela lhe pagasse um simples lanche. Moral da história: ficaram anos sem férias, porque ele estava sempre sem dinheiro e assim, caíram em uma rotina bárbara e deprimente.

Homem deveria ser assim como, como... E não lembrou de nenhum homem que servisse como um bom exemplo. É claro, idealizava um hibrido de macho que concentrasse a inteligência, a fina ironia de um Woody Allen, por exemplo. Mas com as feições do Giannechi, é claro (e sem aquele ar de irmãozinho querido). Ah! E que cozinhasse como o Olivier Anquier, mas que não fosse chato. Poeta como Vinicius de Morais, sem ser galinha. Assim, lá se ia outro castelinho de areia, à beira-mar, a levar sua fantasiosa escultura do macho perfeito. Um príncipe-frankestein romântico!

Escrevo inspirado em uma colega de trabalho, a Ana Bessil, que reconhece na mulher atual uma constante e às vezes, devastadora insatisfação. A fêmea que busca seu par, como quem deseja um manequim sem figurino. A minha personagem, tem a canção ideal a lhe inspirar, cultura e disciplina. Mas esquece que não "não adianta fugir, nem mentir para sim mesmo. Há tanta vida lá fora, aqui dentro, sempre, como uma onda no mar." Perfeição? As ondas que lhe lambem os pés podem virar um tsunami existencial. Louco, pateta, sexy, anjinho, carinhoso, gordo, magro, machão, milionário ou pobretão. O ideal será sempre aquele com os pés no chão e o coração batendo em nome de algo chamado reciprocidade... Anotem essa palavra. Meditem, mulheres. Sem muito esforço. É verão! Tempo de fugir do estresse.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Uma fantasia chamada vestibular da UFRGS

São pouco mais de quatro mil vagas. E quase 40 mil candidatos. O trânsito engarrafado nas principais vias - gente preocupada com a hora, com o local, onde será? - Fiscais de prova viram autoridade respeitadíssima dentro de seu espaço.


Estudantes de todas as idades, a grande maioria jovens, buscam uma chance de estudo gratuito com um pouco mais de qualidade.


Chego a conclusão, mais uma vez, de que vivemos em um país sempre de costas paras seu povo. Tudo é difícil!

E o resto, em tantos casos, é uma contabilidade criminosa. Egoísta! Mas não dá pra desistir. Quem passa por tudo isso, ganha fibra. E gente de fibra é que faz falta em qualquer mercado de trabalho...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ano de amansar o tigre


O ano do tigre segundo o horóscopo chinês vai ser assim: ou muito sol, ou muita chuva. Tempos difíceis estão a caminho. Mas que eu saiba não tem sido muito diferente em anos passados. O fato é: mais do que nunca precisaremos nos cercar de paciência, tolerância, tato, muita educação e respeito a natureza. Eu que morei algum tempo em Rio Pardo, lembro dos amigos que viviam próximos às águas do Riopardinho. Volta e meia as cheias os deixavam sem teto. A natureza exigia seu espaço de volta.


A flor da pele
Esse tipo de construção ajuda a destruir as matas ciliares das margens, provoca poluição e ameaça a vida de córregos, rios e pessoas. Mas deixando a natureza de lado, como será o Ano do Tigre para o amor? Serão tempos de extremos também? Grandes uniões? Avassaladoras separações? Ou o mais nobre dos sentimentos perderá o foco em meio as catástrofes? Como canta Elton John, sim, eu acredito no amor. Em sua forma mais pura, menos intelectualizada e totalmente instintiva. Assim, torço que a extrema sensibilidade desta fera, possibilite mais encontros do que desencontros.


Casamentos em alta
Pesquisei o tema e encontrei no portal de notícias G1, a astróloga taioista Erica Poonam afirmando que toda a força do tigre, pode servir como purificação dos espíritos. Ora, a paixão brota quando a tensão estica a corda bamba dos sentidos. Em outras palavras, aos que achavam já ter pendurado a chuteira, o ano incentivará casamentos. Com ou sem véu e grinalda. Diluir a agressividade de um tigre asiático entre afagos e beijos é tudo o que se pode desejar.


Lua de Mel?
Amar, afinal, é sempre a melhor maneira no enfrentamento da adversidade. Mas não dê chances ao azar. Lua de mel em um pé de montanha em Angra? Nem com aval do ministro do Meio Ambiente. Alugar um chalé a beira de um morro? Ilhas paradisíacas em regiões vulcânicas? Esqueça!  O bichano nem é tão agressivo assim. Só precisa de um afago macio para ronronar mimoso em seu colo. Mas por precaução, por favor, não lhe dê as costas!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O dono do artigo

O artigo postado abaixo foi publicado na edição desta quarta-feira (6) de Zero Hora. O tema pautou o comentário do senhor Cláudio Brito e do apresentador do Gaúcha Hoje, Antonio Carlos Macedo. Infelizmente, não citaram a fonte: Gilberto Jasper, competente jornalista e exemplar pai de família. 


Vale a pena a leitura. Confiram!

Álcool e crack: cuidado pais!


Gilberto Jasper (*) 
             Ser pai de dois adolescentes é um exercício permanente de atualização, mas poucas coisas me chamam mais a atenção do que a frequência dos casos de alcoolismo entre os jovens. Há duas semanas, a festa de formatura do Ensino Fundamental do meu filho por pouco não teve um final trágico não fosse a ação rápida de pessoas que levaram uma jovem de 14 anos inconsciente ao hospital.
            A gurizada, sempre criativa e hábil no uso da tecnologia, dribla a vigilância nem sempre presente entre os pais. Como estas festas geralmente são fechadas e com um controle rigoroso eles combinam o que chamam de concentração. É o encontro na casa de um colega com pouco controle paterno, antes de seguir para a festa. Lá eles produzem um coquetel, resultado da mistura de cachaça e vodca numa embalagem de refrigerante para chegar à festa embalados.
            O resultado são brigas generalizadas - dentro e fora do local das festas -, acidentes de trânsito, perturbação no entorno das casas noturnas e arruaças dentro de casa e no condomínio. Os casos de coma alcoólico são mais frequentes do que se imagina. A tolerância, a omissão e a falta de comprometimento dos pais transformam os finais de semana em apreensão até o raiar do dia.
            Enquanto isso, professores chamam a atenção das famílias que transferem responsabilidades. Preferem culpar coleguinhas, escolas e outros pais. A ingestão de bebidas alcoólicas por parte dos adultos é um exemplo que os adolescentes copiam para fugir da falta de diálogo, da ausência de comprometimento e da inexistência de preocupação com os amigos dos filhos.          
            Assim como o crack, o álcool ganhou espaço silenciosamente, invadiu os espaços sociais e, diante da imobilidade geral, fez reféns jovens e famílias inteiras. Os efeitos, são idênticos, provocam dor e perdas, além de comprometer a formação e o futuro de milhares de jovens. A fiscalização das autoridades – sim, a comercialização de bebidas para menores é gritante – é frouxa e ineficiente diante do pouco caso dos pais para as consequências do hábito de beber.
            O álcool, assim como o crack, exige uma ampla mobilização e do empenho de autoridades, educadores, pais e dos próprios jovens. Do contrário, continuaremos a lamentar a perda de vidas motivadas pela omissão. Fechar os olhos diante da ilusão de que trata de “um problema dos outros” só servirá para aumentar os riscos de agravamento do problema.
           
(*) Jornalista

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O primeiro banho de caneca de 2010


Aconteceu mais ou menos assim: véspera do Ano Novo,  preparativos acelerados para a ceia e lá se vai a energia elétrica.  Pararam os motores do filtro da piscina e bomba que enchia a caixa d’água.  Esfriou o ferro que passava os lençóis do quarto de hóspedes e, é claro, os ânimos de quem receberia familiares e amigos para o reveillon. A CEEE não prometia nada, dizia que buscava pela origem do problema. Em casa, se buscavam velas. Onde andavam as velas? Entrar 2010 a luz de velas?


A noite teria lua cheia. Chegou a se pensar em mesa no pátio, ao luar. Romântico, mas nada prático. A luz azul da lua poderia ser coberta por nuvens! Velas ao vento? Tétrico e improvável demais! Lampiões, lanternas? Não havia. Mas por volta das 21h, retornava a energia para alívio de quem tinha muita bebida e sorvetes a esquentar no refrigerador.

A tranqüilidade durou pouco. De repente, roncou uma torneira. E outra! E o vaso não dava descarga! A caixa dagua estava totalmente vazia. A bomba que deveria encher os reservatórios, queimara com a queda de energia.  Ou seja, havia luz, mas estavam a seco! 


As cisternas que ecologicamente guardam água da chuva para o jardim e limpeza da casa, foram a alternativa. Banho, só de bacia, como antigamente. Entrava-se em 2010 igual a um século atrás. Era isso ou o banho frio na piscina. 

No sábado, dia 2, foi consertado o abastecimento doméstico de água. E aí sim, um segundo brinde coletivo. Viva 2010! Depois de acompanhar o noticiário – tragédia em Angra dos Reis, a insensatez do trânsito e excessos de bebida e suas vítimas – todos que haviam enfrentado um dia de racionamento, chegaram a conclusão de que estavam muito bem, obrigado!

Em  2010, o negócio é não cair em depressão. Achar que a casa vai cair a qualquer momento. Dificuldades não escolhem hora, mas decidir como enfrenta-las é possível. Equilíbrio, serenidade e objetivos bem definidos são fundamentais. Caso falte luz, acenda uma vela. Triste mesmo é ficar sem energia. Vencido pelo inesperado.