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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Emagrecer a base de churrasco na Expointer

Picanhas, entrecots, costelas divinas, lombinho e costelinha dos suínos que retornaram a Esteio - sem medo da H1N1. Sim, estou mais uma vez acompanhando de perto mais uma Expointer. Chuva, frio, calor e sol, tudo ao mesmo tempo. E o autor do post, firme na dieta embora toda a churrascada. Chegou cedo e já estão assando alguma coisa. Ao meio-dia dentro e fora dos pavilhões tem cortes de primeira dourando nas grelhas e espetos.

Como emagrecer? Simples: muito assado com saladas e legumes. Nada de farinhas e doces. Duvidam? Então, me aguardem. Muita proteína e nada de amido. É ruim? Sei lá, é o que se pode fazer aqui no Parque Assis Brasil. E o melhor, está funcionando.

Boa semana prá todos!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cardápio para um futuro ex-obeso

Cara feia pra mim é fome...

Segunda-feira é o dia oficial de iniciar qualquer mudança importante na vida. Sem medo do lugar comum, iniciei mnha mais radical dieta. Motivos não me faltam: com a pressão sanguínea e todas as roupas no limite, me senti na obrigação de ir a um médico, fazer aqueles exames que apenas comprovam a crise e emagrecer. Isso significa fechar a boca, reduzir o meu vinho maravilhoso. Assim como tantas outras coisas, comida também pode acabar como um vício.

Na semana passada fiz uma provocação a meu parceiro blogeiro Flávio Dutra, que havia postado um criativo texto reclamando da intolerância contra os fumantes. Outra tabagista e e também blogeira, Jandira Feijó partiu para a defesa do Flávio, com muita categoria. Discurso igualmente culto e bonito. Acabei retornando à minha insignificância fofa até porque, no frigir dos ovos (com guarnição de arroz, creme quatro queijos e suculento bife de filé), nós gordos, sofremos com críticas semelhantes as impostas aos fumantes.

Nos olham atravessados quando ocupamos mais espaço nos banco de avião, por exemplo. Alguns sentem muito calor e querem sempre o ar ligado no máximo! Disputamos avidamente o último bolinho de bacalhau e damos prejuizo nas churrascarias. Puro preconceito, não é bem assim. Tem magro muito mais guloso. Somos apenas os de metabolismo lento. Em outras palavras, nossa presença pode se tornar tão desconfortável quanto a de um fumante com suas nuvens de fumaça. Por enquanto ninguém nos coloca a comer em ambiente isolado. Mas cedo ao tarde, vai acontecer. Eu sinto isso.

E as advertências apavorantes sobre doenças terríveis? Ameaças pavorosas como, por exemplo, sermos obrigados a comprar em lojas como a Varca - especializada em roupas para rechonchudos tamanho extra-G. Só de olhar essas vitrines me bate ansiedade e sinto a mais louca vontade de comer um quindim. Delícia! Outros magazines masculinos desprezam gordos. O tamanho GG da Renner e C&A é GG mini. Nesse inverno vesti uma jaqueta GG que serviu perfeitamente em minha mulher, que é magra (como todas as mulheres, mesmo as que não são). Os lojistas economizam em tecidos por mais sintéticos que sejam.

Não existe gordo elegante. Eu, por exemplo, posso ser classificado como simpático, nunca como boa pinta, igual aos magros, seres normais. Beleza não se põe na mesa. Somos vistos como simpáticas aberrações. Além disso, precisamos ouvir conselhos, aceitar cartões com nomes de profissionais e dietas maravilhosas, dicas milagrosas, academias e o escambau, sempre com o ar compungido e agradecido.  Assim, me sinto tão vítima quanto qualquer viciado em cigarros. Às vezes penso em chutar as panelas. Fico irritadiço, já sabendo que retrucarão: "Ari, isso não combina contigo". Ora, um gordo famoso, o Jô Soares, me garantem que ser um sujeito mal-humorado. O problema é a imagem risonha que ele nos vende.

Como ser alto-astral se durmo e acordo preocupado com a balança. Acompanhar meu perfil em um espelho, ou nas vitrines,  é um imenso sacrifício. Aí me restam as frutas, hortiliças e carnes magras... Um dois, três dias. No quarto dia, estou conferindo aquela receita turbinada de um risoto fantástico com arroz arbório - puro amido - e alguma sobremesa híperdoce. Prazer é isso! Sim, afinal quem roupe o juramento de não comer doces, precisa adoçar a culpa.

Quero voltar ao mundo dos seres normais. Onde não terei apelidos constrangedores, ou poderei chegar, magro como a maioria e traçar a feijoada do Plazinha sem culpa. A segunda-feira está se encerrando e só me animei a postar agora. Mas a dieta em suas primeiras horas é um sucesso. Tudo sob controle e amanhã? Bom, amanhã é outro dia.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Hamburgo comemora os 50 anos da primeira apresentação dos Beatles na cidade

Cidade alemã é exemplo de turismo cultural

Hoje faz 50 anos da primeira apresentação dos Beatles no exterior. Era logo ali, quase defronte a Liverpool, ainda em sua primeira formação, com Pete Best na bateria, mas sabiam que Hamburgo - segunda maior cidade da Alemanha, seria um grande desafio a ser vencido. E no dia 17 de agosto de 1960, incendiaram o público do pub alemão, Indra lhes garantindo a maturidade necessária para conquistar o resto do mundo (eles também tocaram no Star Club e no KeiserKeller).

Hamburgo soube capitalizar essa data, O Indra ainda mantém seu palco para shows de rock e jazz e, em parceria com o município, celebrará o cinquentenário com quatro dias de intensas atividades. É um exemplo inteligente de turismo temático.  A partir de hoje, até a próxima sexta-feira, uma banda formada por integrantes de grupos como Maplewood, Nada Surf, Cat Power e Moby se apresentarão no palco do Indra com a Bambi Kino, nome escolhido para este conjunto de músicos internacionais por fazer referência ao local, de mesmo nome, onde os Beatles se hospedaram na cidade .

O repertório terá as mesmas canções que os então desconhecidos meninos de Liverpool cantava na época e, até a próxima segunda-feira, os detalhes da vida da banda, os lugares onde tocaram ou habitaram em Hamburgo serão o centro da programação cultural da cidade. Hamburgo criou seu próprio museu da beatlemania, onde exposições baseadas na vida de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr estarão espalhadas pelos cinco andares do prédio.

Guias turísticos estão preparados para levar os visitantes a um tour por todos locais ligados à banda - a livraria, o restaurante, a casa de amigos e tudos santo lugar por onde circularam. Também criaram para os que não desejam caminhar muito, um Beatle Bus, ônibus que toca as músicas mais conhecidas da banda.

Não estamos falando de Liverpool, terra natal dos fab four, mas de uma outra cidade, em outro país, mesmo próximo, que soube valorizar sua história cultural, ao criar um produto turístico de irresistível apelo. Exemplo que poderíamos repetir aqui, por exemplo, com nossos artistas mais populares.                                                                               

Inverno, Go Home!

Inverno, Go Home II

O blogeiro corajosamente, esconde-se do frio, antes do fogo aquecer
a casa, (a autora da foto, calçada de pantufas do Mickey,
 quase centenário pijama de pelúcia e jurássico moleton, 
disputava furiosamente, o edrodon ao qual se agarra
o fotografado - por isso a quase ausência de foco).
Inverno sexy só para milionários. Assim...

Primavera, já!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Maravilhosas deusas calipigias

The Big Butt Book e a Venus Calipigia do Museu Nacional de Nápoles

A parte da anatomia feminina mais apreciada pelo homem brasileiro ganhou um livro: The Big Butt Book, uma seleção de maravilhosas deusas calipígias é um dos maiores sucessos de vendas do jornal Folha de São Paulo, através de sua livraria on line. São 400 fotos dos maiores e mais sexy bumbuns de todo mundo com apenas uma injustiça igualmente big: Andressa Soares, A Mulher Melancia, é a única brasileira a ter uma foto no livro . Além dela, temos centenas de outras ancas anatomicamente capazes de preencher, acima do limite, um jeans apertado ou, melhor, esconder fugidio fio dental entre gulosas polpas. Bumbuns que obrigam a discretos – às vezes nem tanto – olhares de admiração, tanto de homens, quanto de mulheres.

Embora a reduzida participação nacional, de qualquer maneira lá estão os mais desejados bumbuns da história. Além de ser um dos recordes de venda no mês passado, como seria de se esperar, nove entre dez compradores, são do sexo masculino. Veteranos saudosistas poderão curtir, por exemplo, Bettie Page (1923-2008), a “pin-up” ícone sexual da década de 1950. Não faltam loiras, negras e asiáticas, algumas atrizes de filmes eróticos, pousaram para fotógrafos consagrados como Batters Elmer, Ellen von Unwerth, Jean-Paul Goude, Ralph Gibson, Richard Kern, Jan Saudek, Ed Fox, Terry Richardson e Sante D'Orazio.

O livro traz comentários de gente ligada ao mundo das artes e outros envolvidos com a produção de filmes pornográficos, como John Stagliano, o “Buttman” que a maioria conhece das produções colocadas em áreas mais reservadas das locadoras. O grande livro das bundas foi lançado no dia 22 do mês passado, no Rio de Janeiro com a presença de Melancia e Thiago Lucas, que escreveu o perfil dela no livro. A autora, jornalista e ex-editora da revista porno Hustler, Dian Hanson, é responsável por outras publicações de fetiche na mesma linha, “The big book of breasts” e “The big penis book” (O grande livro dos peitos e o grande livro dos pênis, respectivamente). “Pensei em ir atrás da brasileira que ganhou o concurso mundial de melhor bumbum, mas achei que o dela era muito pequeno”, afirmou Hansou ao G1.

Eu tenho um amigo, experiente jornalista, que é francamente admirador de popozudas - aquelas representantes da valorizada categoria classic big butt -, mulheres que fariam a deusa grega das belas nádegas, Venus Calipígia (cali: belo – pyge: nádegas) parecer uma mini-butt qualquer. Ele já deve ter adquirido o livro ou, se ainda acompanha este blog, o fará imediatamente.

domingo, 8 de agosto de 2010

Aos pais de todo dia

Quinta-feira passada, no elevador, no edifício onde mora minha mãe, uma vizinha que, por casualidade também fora colega de meu falecido pai, no Banco do Brasil, disse que ao me ver, sempre lembrava dele. "Não me leve a mal, mas teu pai era uma pessoa admirável. Colega, amigo, ético, Bastava estar próxima a ele para sentir a energia boa. Um ser humano como poucos. Tens muito dele", afirmou a senhora.

Agora, nas primeiras horas da madrugada de segunda-feira, ainda insone, aproveito para agradecer a herança paterna que me faz ser, apesar de todos enganos, defeitos - dúvidas e dívidas - alguém que de alguma forma retransmite a energia boa que ele me ensinou a aplicar no cotidiano. Ele muito mais do que eu, um sujeito culto e de extrema bondade. Partiu cedo demais, aos 62 anos.

Ficaram centenas de cds e lps de música erudita - sua maior paixão - que escutávamos juntos, em muitas tardes e noites. Às vezes acompanhadas de vigiadas taças de vinho. Nada de excessos! Ainda permanecem as memórias bonitas que me inspiram a pelo menos, tentar ser paizão como ele foi. Tão bom, tão amoroso e divertido, que nem lembramos se tinha defeitos e, com certeza, os tinha.

Hoje é dia de sairmos com meias, gravatas ou cuecas novas, como afirmou sabiamente o Via Dutra. Quem não leu, vale a pena. E por dever, irmos a rua dispostos a garantir a nossos rebentos a herença melhor de todas que é ser lembrado como alguém como meu querido velho.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sakineh Superstar

O destino de Sakineh Ashtiani está nas mãos do Supremo Tribunal do Irã. O Mundo gritou – o presidente Lula sugeriu asilo no Brasil - contra a barbárie do apedrejamento público da iraniana de 43 anos. Agora poderá ser punida com algo mais leve (?) - a forca. É o velho planeta preconceituoso e doente que gira, gira e acaba interpretando leis divinas como condenações diabólicas. Ontem à noite, enquanto comprava um lanche bem quentinho para minha mulher, ouvi duas jovens a criticar o machismo que assassina e mutila outras tantas mulheres.

“Somente nós, mulheres, evoluímos. Mesmo assim continuamos escravas. Os homens estão livres para fazer o que bem entendem. Isso me dá nojo”, sentenciou a guria. Escutei calado. Polêmica em lanchonete de posto de gasolina não é meu forte. Mas no reflexo do vidro que me protegia do inverno, vi meu rosto retraído, não era apenas o frio. Seria eu um lobo igualmente devorador e cruel? Eu que esperava até três horas rodando pela cidade, visitando a mãe, um amigo, fazendo hora em shopping (sem comprar nada, é claro), só para juntos voltarmos para casa no conforto do carro aquecido?

Vejo os brunos e outros facínoras que matam as esposas, as amantes, violam a inocência de filhas como se o feminino estivesse ali para ser abusado. Tenho certeza de que estes não são a maioria! Se o fossem, mulher seria bicho posto em confinamento para reprodução da espécie. Criado para ter ancas salientes, seios fartos, preparada em centros de doma e domesticação para servir aos delírios meramente carnais do macho idiotizado - forte e viril - da espécie.

Não é assim. Eu sei que lentamente a coisa se torna mais uniforme, menos cruel justamente porque a grande maioria dos homens, esses com H, estão lutando pela igualdade e respeito às diferenças. Ah! As irritantes diferenças, as engraçadas diferenças, as mimosas diferenças e é claro, as sempre deliciosas diferenças! Vivam as diferenças!

A grande maioria dos homens ama ternamente a mulher que os gerou, escolhem aquela que será sua parceira com toda a paixão que couber em seu coração e, se tiverem a ventura de gerar meninas, as ensinarão a ter orgulho de sua condição, a fazer respeitar-se e a buscar um homem espelhado no pai. Integro esse grupo que hoje se envergonha do tabu, da ignorância que submete o feminino à toda exploração, confundindo o belo com o vil objeto, o amor com a dominação.

Queremos que Sakineh Ashtiani seja uma superstar em seu mundo, em seu lar, um exemplo para os filhos e orgulho para o homem que escolher como amante e companheiro. Que tenha seu prazer sem culpa, sem massacre que a transforme em mártir. Igual, embora diferente. É o que este cinquentão deseja porque é homem e se garante.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Luiz Paulo Daudt, um grande colega

Hoje pela manhã soube do passamento de um grande colega e amigo, o Luiz Paulo Daudt,  "gente boa" como definiu seu filho, no obtuário de ZH. Eu conheci um Daudt admirável, que enfrentou a doença, amando a vida, a família e seu cantinho em Estrela. A dor, as diferenças, a tortura que um dia sofreu, às vezes surgiam como chagas, um olhar meio distante, melancólico.

Uma vez impliquei com ele, quando estava prestes a explodir - como todo alemão filho rebelde de milico. "Estou aprendendo a controlar o lobo, para não ser devorado por ele, pelo menos não agora", respondeu, com um sorriso. Era o Daudt em uma nova militância, onde buscava a luz, o prazer da mais pura felicidade, apaziguando as memórias ruins e assim, em um esforço de controlar as moléstias.

A lembrança que me fica do Daudt é de um homem típico dos anos 60, que sonhara em mudar o mundo e acabou, como todos nós, marcado por um estilo bitter-sweet, tipo James Taylor, cantando "You've Got A Friend". Estamos tristes, nós que dividimos esses anos todos com ele.

Fará falta o abraço feliz daqueles encontros esporádicos, nos últimos anos. Fica uma saudade sincera que me alerta contra os lobos da melancolia. E a certeza de que a paz e o amor que buscava, o aguardam aonde agora está.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sing The Changes

Letra da canção do The Fireman - CD Eletric Arguments


Like the sun playing

In the morning

Feel the quiet

Feel the thunder


Oh every ladder

Leads to heaven

Call it ransom

Draw the picture

Sing the changes

Oh as you're sleeping

Feel the quiet

In the thunder


Sing the changes

Calling over

Feel the quiet

In the thunder



Like the sun playing

In the morning

Feel the quiet

Feel the thunder



Oh every ladder

Leads to heaven

Colored pencils

Draw the picture



Sing your praises

As you're sleeping

Sing the changes

Any wonder



Feel the sense of

Childlike wonder

Sing your praises

As you're sleeping



Sing the changes

Oh as you're sleeping

Feel the quiet

In the thunder



Sing the changes

Calling over

Feel the quiet

In the thunder



Sing your praises

As you're sleeping

Feel the quiet

In the thunder



Sing the changes

Calling over

Everybody has a sense of

Childlike wonder



Sense of wonder

Sing your praises

As you're sleeping

Feel the quiet

In the thunder



Sing the changes

Calling over

Everybody has a sense of childlike wonder