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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Dias de Pais Harmonizados

Pai também curte presentes caseiros
O tempo das meias, cuecas e gravatas de gosto duvido como presente para homens, já passou. A libertação das mulheres, que as colocou no mercado de trabalho e na vida pública em geral, também permitiu aos homens uma outra e definitiva libertação no caminho do lar.

O macho provedor, totalitário e muitas vezes irascível, tornou-se um sujeito preocupado com a harmonização – aproveitando uma palavra da moda – entre o trabalho e o lazer, passando por detalhes nunca antes imaginados para quem se considera um verdadeiro exemplar de seu gênero.

Hoje somos muitos a administrar as compras do supermercado, em listas que nós mesmos construimos, se possível em parceria com a esposa, ou mesmo, com com os empregados domésticos. Estes, que antes negociavam diretamente com a patroa, hoje ouvem respeitosamente os patrões, igualmente zelosos e detalhistas. Se gerenciam atividades no escritório, porque não o fazer em casa?

Toda essa conversa é para se chegar a conclusão de que, no Dias dos Pais, o foco é outro também. Pai, pelo menos o modelo que defendo, não fica achando que ninguém o ama se for esquecido ou receber um telefonema de última hora do filho para dar o “parabéns pelo teu dia”. Mas se existe a disposição para se comprar um bom presente, as opções agora são muito maiores.

Homens, antes restritos a grandes chefs em restaurantes, agora experimentam a estressante culinária doméstica. Com diferenças, ao contrário das mulheres, que aprendiam de mãe para filha e assim, na maioria das vezes refratárias às novidades, os novos donos de casa passam a curtir essas coisas inventadas para facilitar a vida na cozinha. Aparelhos para cortar, ralar e ajudar na tarefa cotidiana, são presentes muito bem vindos. Livros de culinária, são homens os grandes consumidores.

Enfim, tudo aquilo que ofendia uma dona de casa. Porque  a prendia na cozinha, é libertador para o macho da espécie, que pode usar os músculos antes úteis para abater javalis, agora perfeitos para sovar o pão com ervas, acompanhamento perfeito em um assado de porco salvagem, devidamente encomendado em algum bom matadouro. Legalizado, é claro, Pai é exemplo.

E por favor, não vamos confundir homens de verdade com esses monstros que vitimizam familiares, em notícias trágicas de jornais. Nós, os caras que amamos do fundo de nossos corações os filhos gerados, somos responsáveis por lhes deixar a lição  de que a força e a determinação de todo homem deve ser voltada à proteção de seu lar.

Se antes, éramos ensinados a sermos rudes e distantes, hoje recebemos nossos rebentos de peito aberto nas cozinhas de nossos lares. Um espaço magnífico onde as mulheres dominaram por tanto tempo e que nos cederam, pelo que vejo, com muito gosto. Então pessoal, as boas casas de utilidades no lar, reservam presentes bacanas para os novos papais donos-de-casa.

Às compras então, estão esperando o que?