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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Assuma o controle, faça um melhor 2011!

Ficar naquela do Deus dará é o mais triste. Imagino o Todo Poderoso a cuidar da dieta do Arizinho, por exemplo, ou daquele projeto que a Luluzinha guardou na gaveta por pura acomodação. Lá estou eu, no fundo do caminhão chamado 2010, como uma melancia que foi se acomodando no andar da estrada ruim. Estão todas em cima! E eu sufocado! No topo tem a luz do sol, a brisa ou o vento que refrescam. E eu aqui, deixando as coisas como estão para não enfrentar uma certeira incomodação. Então, a aparente facilidade de não mudar é uma ilusão, um truque de espelhos onde o reflexo é sempre melhor do que a realidade à volta.

O ideal é aproveitarmos essa explosão de expectativas e nos concentrarmos em algo mais objetivo. Trabalhar apenas não resolve, é preciso valorizar todo esforço, torná-lo uma satisfação. Inclui aí ter maior domínio sobre as ações e, também, melhores possibilidades de renda. É difícil? Com certeza. Ser a última melancia do escritório, lá no fundo, onde ninguém quer te ouvir e ainda te paga mal para cumprir tarefas que mal sabem executar, exige apenas resignação.

Assim é fundamental estabelecer metas. Criar um projeto viável não é fácil. Mas jamais impossível. Sair à moda louca é apenas um ato isolado de descontrole. Até um rebelde estabelece seu plano. Estou aqui, à frente de muita literatura de auto-ajuda e não vi o milagre acontecer. Ora, é preciso juntar a teoria à pratica. Ser determinado e não ceder à tentação do balanço que safadamente ajeita teu solene bumbum na cadeira da rotina. E aí aceitas qualquer coisa que não dependa da criatividade. Basta repetir-se infinitamente.

Em 2011 quero ver meus amigos com metas mais ousadas. Como por exemplo, assumir o comando do caminhão de melancias. Criar tempo para sentir a mudança das estações e, quem sabe, sentar diante de um computador e escrever seu próprio livro. Sua história não é original? Por mais semelhanças que possa ter com todas outras, será sempre única, se levar tua apaixonada inspiração. E é esta condição que te levará a dias melhores. Vivos! Creiam, não existe idade para a tal mudança, mas sim, maturidade e determinação.  

Amigos, um Feliz Ano Novo para todos!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Até na Coletiva.net já virei notícia

Ainda não... Mas diria que estamos próximos a superação. Foi difícil como deveria , sem essa de matar um leão por dia. Não mato nem mando matar. Eu amanso o leão, com algum talento e amor a minha tão sofrida profissão. Ah! E respeito, muito respeito aos colegas e amigos. Em parceria, a vida flui e não se torna um perigoso repetir-se entre a soberba e o rancor.

Que venha 2011!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Dividir a ceia para um Natal inesquecível

Tem uma mistura de cheiros, sons, cores e memórias que me levam a viver com muito otimismo este período de festas. Sofro com o estresse e preocupações, não sou diferente de ninguém, mas tudo com equilíbrio e uma incontida disposição para a harmonia. É o ano – mais um - a fechar a contabilidade entre acertos e erros. Quer um encontro de contas e, como sempre, acabarei devendo alguma coisa a tantos e, principalmente, a meu próprios interiores.

Nós, adultos crescemos cercados de pequenas alegrias e grandes culpas. Sofremos com isso. Dói a obrigação de se encarar, em um dia tão especial, recordações de tempos mais alegres. Pior, dividiremos a ceia com outros que no cotidiano às vezes nos provocaram mágoas e lágrimas. Vale a pena tudo isso? Os distintos leitores poderão imaginar ser impossível pedir tolerância e entendimento entre amigos e familiares só porque é Natal. Mas essa é a hora! Não existe nenhuma data tão fortemente emblemática.

Sim, as angústias vão do pequeno ao imenso drama existencial. É o assado no forno, o calor a derreter miolos. Os espumantes - demi-sec ou brut? As cervejas, drinques. Refrigerante ou suco? As saladas, castanhas, frutas e panetones? Todo ano a mesma rotina. Sogras e genros, Novos e antigos amores. O ex a bater na porta! A combinar datas. O estresse do “quem fica com quem”. As brigas domésticas parecem transformar-se em pauta única.

Vale a pena tudo isso? Nestas horas, o guri que um dia fui assume o comando das ações. Junta trocados para singelos presentes. Organiza a ceia e lota o coração de força para não explodir de angústia. Quantas vezes pensei em fugir para uma ilha deserta?. A razão sempre me levou a acender velas coloridas e desfrutar da luz que ilumina, da cor ao perdão.

E lá estava eu cheio de esperanças. Na hora dos abraços, sempre entre antigos desafetos e principalmente novos afetos compreendo que a humanidade é assim. Construída nas ruínas dos castelos erigidos com as pedras dos bons e maus projetos. Quem aprendeu, saberá edificar uma realidade melhor. Com ou sem Noel, presentes, peru na ceia ou gente de nariz torcido. O amor deve ser o impulsionador de tudo até o último convidado – mesmo aquele tio beberrão que fez sujeira no tapete novo.

Ficará na madrugada, apenas a consciência e o espírito de tudo que sustenta este texto: A solidariedade, a possibilidade de retomada na fé, independente de sermos crentes ou céticos. Só não podemos nos descuidar de amar. Incondicionalmente. Quem ama de fato, jamais está sozinho. Neste dia 25, todas minhas histórias estarão a meu lado. São parte de minha construção. Talvez com alguma melancolia, mas isentas de rancor. Despidas de conflitos. Em paz, com o coração em Cristo, na mesma leveza de um sonho bom. Aceitem, então, meu carinho e votos sinceros de um Feliz Natal!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Quer piscina? Chama o Gastão

Viram a linda piscina? É obra de um homem só, o alemão invocado da foto, Gastão, marido da top Márcia e pai da Jordana, linda aprendiz de top model – amigos de Lajeado – terra da Fruki – de outro parceiro, o "investidor" e jornalista, Giba Jasper. Mas o que me chamou realmente a atenção foi a extrema determinação de quem, mesmo não sendo do ramo da construção, ao perceber o alto custo da obra, literalmente colocou a mão na massa, conseguindo reduzir os custos totais para pouco mais de R$ 5 mil. E uma piscina de 5 por 7 metros.

Eu que desanimo só de pensar em preparar cimento, admiro os que tem esse talento. São pedreiros ou marceneiros de fim de semana – que não se atrapalham com a inexperiência. Tenho hobbies de menor expressão como culinária, vinhos e vadiagem. Coisa pequena, do tipo estresse zero. O máximo que posso fazer é me oferecer para executar alguns quitutes bem especiais à beira desta nova piscina.

Levo o vinho e o palavreado culinarista da moda. Por exemplo, “grelhados e cervejas harmonizadas aos odores típicos de protetor solar e água clorificada". Vestirei minha veterana bermuda de surfista calhorda para manter o estilo old-fashion at the swimming pool.

Parabéns, Márcia, Jordana e Gastão! (eu continarei com a piscina inflável Mohr - que por sinal, está sempre furada)

domingo, 19 de dezembro de 2010

Quem busca 365 maneiras de enlouquecer na cama?


Uma das poucas vantagens que ainda restam aos que trabalham no centro de Porto Alegre, é o refúgio simpático e acolhedor dos “sebos”, livrarias onde a boa literatura faz parceria com os preços módicos de livros usados. É claro que encontramos de tudo. Desde os clássicos da literatura universal até a auto-ajuda publicada em décadas passadas. Por exemplo, na semana passada, na sessão de ofertas, por apenas cinco míseros pilas, estava a obra “365 Maneiras de Enlouquecer Juntos na Cama”, do ex-cronista da Playboy norte-americana James Petersen.

Se juntarmos as publicações a respeito do assunto, incluindo o chatíssimo Kama-Sutra, daríamos a volta ao mundo com certamente milhares de novas e pretensamente criativas sugestões para casais sem imaginação. Dezenas para cada dia, cada hora, cada minuto! Viver seria um desfrutar no paraíso de Eros. Mas a verdade nua e crua (maravilha!), é que as pessoas brocham solenemente por outras 365 maneiras de enlouquecerem juntinhas. Acreditar que variar as posições de pernas, braços e órgãos mais sensíveis, lhes devolverá o tesão é uma ilusão a esvair-se entre o assoalho e os colchões.

Sou daqueles que acredita em sexo com remédio para uma vida saudável. Mas antes de tornar-se cura o erotismo doméstico precisa evoluir no grande laboratório do cotidiano, de maneira absolutamente assexuada. Sedução é atitude, ora! Passada a fase da paixão - sempre irracional e genital - é descobrir algo mais forte do que feromônios-extra.

Isso se faz construindo uma personalidade de vencedor. Nem me refiro aos que circulam no topo da escalada social, com salário e reconhecimento da plebe ignara. Não é nada disso. Vencedor é aquele que luta para manter-se íntegro, não entrega a rapadura. Que sobrevive aos fracassos. Isso vale para homens e mulheres. Não existe nada mais excitante do que brigar por espaço em um mundo competitivo. Mostrar disposição para enfrentar as agruras - o saldo negativo - com trabalho, criatividade e energia. Nada é mais sexy que isso.

Aceitar as coisas simplesmente como elas são e depois querer desfrutar de uma destas 365 maneiras de prazer erótico é ilusão. A regra vale para casados, amantes e afins. Quem admira gente sem fibra? No desespero, alguns se agarram a estes livros como fonte renovadora da paixão e acabam vencidos pela realidade.

O problema é a dificuldade de se estar bem consigo mesmo. Sem tesão por meus projetos, como excitar quem amo? De qualquer maneira, se alguém quiser aproveitar o preço e adquirir o livro está anos sebos por cinco pilas. A reedição custa, em média R$ 24. Por favor, preciso de “cases” em casos de bons resultados. Quem sabe através deste humilde blog não criaremos nova tese sobre amor e erotismo em tempos de baixa estima.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A menina que odiava Papai Noel

Presentes - "Papais Noéis",
Um ano esperando um dia,
Quando a grande maioria,
Sofre destinos cruéis.
O amor pesado a "mil-réis",
E mortos vivos que andam,
Instituições que desandam,
Porque esqueceram Jesus,
O que precisa, é mais luz,
No coração dos que mandam!
Jayme Caetano Braun

Um mês antes do Natal, a única boneca da pequena Érika, sumiu. O desaparecimento de sua “filha” de pano a fez chorar muito. De família humilde, a menina consolou-se na esperança de que o Papai Noel, quem sabe, lhe trouxesse outra. Talvez uma linda boneca igual a de suas primas ricas, com rostos de louça. Essa história aconteceu nos anos 30, tempos onde não existiam brinquedos em plástico. A maioria era em madeira ou tecido e muito caros, importados da Europa.

Na hora dos presentes, Erika foi a primeira a sentar em volta da árvore. Esperava o bom velhinho e seus pacotes encantados. Meias e ceroulas para os tios, pijamas para os avós, carrinhos e livros infantis para os primos e ela aguardando, de olhos fixos no saco de linhagem que se tornava cada vez mais magro. Ao chegar sua vez  os olhinhos de Érika, brilhantes de alegria, não esconderam uma ponta de decepção ao ver uma bonequinha idêntica a desaparecida. Com roupas novas, mas com os mesmos olhos azuis. Até as manchas se pareciam! Nos dois anos seguintes, se repetiu o “seqüestro” da cada vez mais gasta boneca de pano, que sempre voltava de roupas novas para a desencantada Érika.

Aos sete anos, não acreditava mais em Papai Noel. Irritava-se quando seus pais, constrangidos por não poderem presenteá-la com brinquedos novos, diziam que ela não ganhara o que pedia, por causa de uma teimosia, de uma briga com os irmãos e outros pequenos pecadinhos, tão pequeninos que ela nem lembrava mais. Papai Noel era rancoroso. E pão-duro! Érika odiava aquele velhinho suado que a presenteava, ano após ano, com a mesma desilusão. Um sonho cada vez mais desbotado e remendado. Cresceu com esta raiva. Casou, teve filhos e, embora a vida mais folgada, insistiu em ensinar aos filhos que aquele velho geralmente de barbas artificiais, era coisa do comércio.

"O Papai Noel de vocês somos nós". As crianças a ouviam, mas achavam que a mãe, sempre correta, desta vez fazia injustiça com o bom velhinho. O piá mais novo chegou a argumentar que, mesmo pobre, Jesus recebera os três reis magos com presentes em ouro - que valia muito - e também, incenso e mirra (o que é isso afinal?) mais baratos. Levou muito mais tempo para Érika compreender o gesto de seus pais. Na verdade, tentavam manter aceso o espírito natalino nos filhos. Dar-lhes uma esperança, um estímulo para melhorar sempre. A mesma boneca com roupinhas novas, feitas pela mãe durante a madrugada, era o que podiam dar, além da ceia, sempre farta.

"Eles erraram ao nos deixar afastados da realidade. Filhos não tem vergonha do aperto dos pais. Serão  solidários. Eu sentiria orgulho de minha mãe, ao saber que ajudara o Papai Noel, remendando a boneca que eu tanto amava. Seria uma noite realmente feliz, como diz a música", garante Erika.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

As aventuras de Tintin, nos cinemas em 2011

Atenção fãs de Tintin. Até outubro de 2011, o diretor Steven Spielberg deverá lançar internacionalmente "The adventures of Tintin: The secret of the unicorn", inspirado no personagem de quadrinhos do belga Hergé.
Embora produzido nos Estados Unidos, somente será lançado naquele país, alguns meses depois, pois os norte-americanos não conhecem muito as aventuras do jovem repórter europeu, traduzida para 70 idiomas.

O britânico Jamie Bell ("Billy Elliot", 2000) encarnará Tintin em um elenco que contará com Daniel Craig, Andy Serkis, Simon Pegg, Nick Frost, Gad Elmaleh, Toby Jones e Mackenzie Crook.

Segundo a revista digital Variety, o filme foi produzido com a mesma tecnologia de "A lenda de Beowulf" (2007) e "A Christmas Carol" (2009), e sairá no mercado em 3D.

Em novembro (26/11/2010), faleceu o ator dinarmaquês Palle Huld, que inspirou a criação do personagem Tintin. Ele tinha 98 anos e, em 1928, ainda adolescente, venceu um concurso organizado por um jornal da Dinamarca que pretendia colocar um jovem jornalista em viagem pelo mundo durante 44 dias.

Huld fez reportagens na América do Norte, Japão, Sibéria e Alemanha e foi recepcionado por 20 mil pessoas ao retornar a Copenhague. Depois disso, Huld trabalhou no Teatro Real da Dinamarca e atuou em mais de 40 filmes dinamarqueses entre 1933 e 2000.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A beleza na cidade rude

Estávamos eu e mais dois em uma pastelaria da Cidade Baixa, em Porto Alegre. De repente, ela surge. Passos elegantes-  sem traços anoréxicos ou a vulgaridade das “modelos” maria-chuteira. Um gari parou de varrer a calçada para não levantar pó e melhor admirá-la. Cidadã responsável, ela procura a faixa de segurança para atravessar a rua movimentada. Está ali, a poucos metros de nós. Saia curta, blusa em estilo oriental a sustentar a leveza sexy de seu andar.

Cruza a porta por onde a observávamos, desajeitados. Pastéis nas mãos, a mastigar o ar tomado de um perfume suave e doce. Conhecem aquele olhar enviesado tipo Mona Lisa? Pois foi o que recebemos. Por breves segundos, é claro. Olhar sem arrogância, mas sabedor das conseqüências de tudo aquilo que um dia Vinícius de Moraes poetizou a uma certa garota de Ipanema. Beleza que não é só nossa, mas quando passa  "O mundo inteirinho se enche de graça e fica mais lindo...". Em nosso respeitoso silêncio, agradecíamos o dom feminino de transformar uma simples calçada em passarela. "É mulher para se guardar numa redoma de cristal. Não deixar ninguém tocar", exagerou o pasteleiro.

A marginalidade em guerra e tantas outras mazelas brasileiras e eu aqui a divagar sobre o encanto feminino. Ora, amigos! Quando se vive em uma cidade que já tem locais onde a lei marcial do tráfico impera, a serviço é claro, de milhares de consumidores, é preciso partir para a seguinte reflexão: enquanto muitos caem na ilusão da fortuna fácil do comércio das drogas, e milhares se deixam seduzir pelo vício. outros filtram a miséria humana e usufruem, sem culpas, da energia bonita que se esconde no cotidiano.

Valorizemos a capacidade de superação, de buscar nas esquinas onde o medo espreita, a beleza de gente comum como nós. E se for para roubar alguma coisa, que seja um olhar carregado de promessas que não precisam ser cumpridas. Basta que ajude a nos tornamos menos rudes e sofridos. A vida, afinal, é isso.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A day in the Life, John Lennon shot dead


"So long a go,
Was it in a dream,
was it just a dream?
I know, yes I know
Seemed so very real,
it seemed so real to me"
(9#Dream - John Lennon, Walls and Bridges)

Oito de dezembro, 1980. Tarde quente na antiga redação da Folha da Tarde, no primeiro andar do prédio da Caldas Junior. O rádio sempre ligado na editoria de esportes, interrompe a programação e anuncia: John Lennon assassinado por um fã defronte ao edifício Dakota, onde residia com a mulher Yoko e o filho Sean, de apenas cinco anos. Em seguida, comoção geral. Era como a tragédia se abatesse em nossa casa, com um familiar, ou amigo muito próximo, às vésperas do Natal. Estávamos ali, eu e Paulo Acosta (saudade, amigo) abraçados chorando como dois guris. Lágrimas, olhares entre o choque da mais improvável das notícias, invadiram o ambiente.

Muitos amigos ligavam, incrédulos, querendo ouvir que fora uma "barriga" da imprensa. Fui a sacada do jornal para tomar um ar, e na rua gente a chorar, outros sem entender o que estava acontecendo. Meu pai, que trabalhava na agência central do Banco do Brasil, na rua Uruguai, atendeu a dezenas de correntistas com os olhos mareados. Não tinha como evitar a emoção. Procuravam mais informações, era um tempo sem a agilidade da internet.

Triste ironia, o homem que enfrentara seus próprios demônios e contradições em busca de paz interior e para seus semelhantes, autor de uma das mais tradicionais canções natalinas - Happy Xmas, com uma letra carregada em solidariedade e boa vontade - fora vítima de violência covarde e irracional. Eu dedido esta lembrança, como uma oração para John, que junto a outros três jovens, me ajudou a sonhar em um mundo melhor, mesmo criado em um país oprimido pela pobreza e ditadura.

Confira os eventos sobre Lennon na TV por assinatura:

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Compras de Natal em Rivera. Confira!

Meus amigos, Giba e Carmen Jasper passaram o final de semana entre Santana do Livramento e Rivera. Aproveitei e pedi dicas de compras. O Giba caprichou e preparou um excelente material de serviço. Exclusivo para o Concriar. Vamos lá, gente! A fronteira está bombando. Mais sobre Rivera, clique aqui).

Movimento: O melhor é viajar no meio da semana, embora isso seja impossível para a maioria das pessoas. O movimento é grande e aumentará à medida que o Natal se aproxima. Pouco antes Rivera promove a Noite Mágica, quando a Avenida Sarandi é fechada, as mercadorias são postas na calçada, há música e shows e promoções-relâmpago, com brindes e outras cositas.

Estrada: Está excelente! Os piores trechos foram recapados, embora em alguns ainda falte a sinalização e melhorias no acostamento) Até Cachoeira do Sul há grande movimento, que reduz sensivelmente até Livramento. Não encontramos fiscalização da Receita Federal, embora eles dêem incertas volantes.

Dólar: No findi tava 1,77, com pequenas variações. é preciso cuidado, embora as variações são sejam tão grandes. No "meu setor", perfumes, o preço como sempre estava ótimo. Perfumes franceses de griffe estavam na faixa entre 40 a 60 dólares (masculino) e um pouco mais para mulheres. Importante: quase todas as lojas adotam três preços diferentes: para pagando em cartão de crédito, dólar e reais. A última modalidade é a mais barata.

Novidades na linha de cosméticos deixam a mulherada agitada, com Lancòme e outras marcas mundias de tradição.

Chocolates: tem de tudo, suíços, alemães com novidades pouco vistas por aqui.

Conservas: Há, também, azeitonas baratas, compotas, mostarda e catchup bem abaixo dos preços dos supermercadoa daqui. Geralmente são vendidas em ruas paralelas à Sarandi, em lojas que parecem bodegas, mas oferecem ótima qualidade e variedade.

Louças: a Cármen comprou um conjunto com prato grande, pequeno e xícara muito barato. Utilidades para o lar têm ótimo preço e variedade que dificilmente se encontra por aqui.

Ar-Condicionado: Continua sendo o grande xodó. Pra ter uma idéia, a maioria dos lojistas deixa as caixas estocadas na calçada porque além de tirar muito lugar, dá um trabalho dobrado. A maioria dos compradores estaciona na frente da loja para pôr no carro. Quase todas as lojas têm carregadores, ou seja: com carrinho transportam as mercadorias até o hotel, independentemente da distância. Não cobram nada por isso, mas é sempre bom (e educado) dar um gorjeta.

Pendrive, MP4 ou 5 IPed, laptops, ar-condicionados, uisque, vinhos e eletrônicos em geral são líderes da preferência.

Bebidas alcoólicas: Limitadas a 12 litros (não 12 garrafas!). A fiscalização tem sido rígida neste aspecto.

Red Bull: Outro sucesso de vendas. Muito mais barato que nas lojas e supermercados daqui. Pra teres uma idéia, a Carmen sempre criticou o consumo junto à gurizada lá de casa. Tomou uma latinha geladinha e comprou dois fardos.

Queijos e laticínios: Grandes sucessos pela qualidade e varidade do que é produzido pelos vizinhos uruguaios são sucesso de venda, como doce de leite e ainda alfajor, sucesso de décadas!

Quem vai de carro: Se o hotel ficar distante da Sarandi, o conselho é estacionar numa transversal e ir guardando as compras no porta-malas. Há "flanelinhas oficiais", que cobram por hora, mas como tudo por Rivera... é uma grande esculhambação. Jamais ouvi notícia de arrombamento de carros porque eles vivem do turista. Mas é preciso cuidado: acidentes de trânsito do lado de lá geram muita dor-de-cabeça.

Comer: Ainda é barato. Há de tudo: lugares para parrillada, pizzas, panchos e tira-gostos, com Patrícia, Pilsen e Zilertal. Nós costumamos almoçar e jantar no Hotel Uruguay-Brasil, na Sarandi, com variedade de massas, assados e pizzas. A organização não é o forte. Não tem lista de chegada. Quem ver uma mesa vaga (ou com o pessoal terminando a refeição), faz plantão na maior cara dura até o vivente sair e abrir espaço...

Outras dicas:
- Ir de carro tem vantagens. Costumo sair cedo, 5h/6h da manhã, levando uma bolsa térmica com água, refri, além de frutas, biscoito.

- Ideal é fazer pequenas paradas para evitar inchaço nos pés e para alongar. Como a chegada reserva caminhadas e esperas longas em filas, isso reduz as dores no final do dia

- A partir de Cachoeira do Sul os restaurantes e postos de gasolina ficam mais escassos

- Claro: conferir óleo e água do radiador na saída, além da calibragem e estado dos pneus, já que existem pouquíssimas borracharias ao longo do trajeto

- Normalmente não são usados radares (mas não é bom alertar os gansos!) e há grandes retas de 4, 5 quilômetros

- Em Rivera tem cassino. 

- Entre os restaurante tradicionalíssimos de parrilla tem o La Picanha, na Sarandi, mas bastante distante do fervo das compras. Umas 10 quadras que, a pé, no cansaço, é inviável. Negócio é ir de carro.

- Hotel: se o hotel ficar perto da Praça Internacional (Portal, Jandaia e Verde Plaza) o melhor é  estaciona na chegada e só tirar da garagem na hora de sair. Evita problemas de estacionamento pois as garagens dos hotéis são pequenas, apertadas e já tive o carro arranhado.

Hotel II: reservas são obrigatórias, especialmente nesta época.

Hotel III: Tem gente que fica em Rosário e São Gabriel, no meio do caminho, mas para o meu gosto... é muito longe!

Hotel IV: Existem várias pousadas e hotéis-fazenda em Livramento, mas ficam fora da cidade, ao longo da rodovia que liga Rosário a Livramento.

No trânsito, os noéis de maus bofes

O sinal trocava do verde para o amarelo e eu fui reduzindo a velocidade. Quando parei já estava no vermelho. Tranquilo, ou quase. O motorista do carro que vinha atrás, emparelhou ao lado do meu, abriu o vidro e escancarou a boca para me encher de desaforos. "Tá sem pressa, babaca filho da p (*)?" berrou entre outros desaforos. A mulher do cara, permanceu impassivel, talvez tentando filtrar tamanha grosseria. Os filhos, quietos, esticavam o pescoço no banco de trás para conhecer o tal babaca.

Minha vontade era de responder com a mesma fúria. A pressão arterial que já anda acima do normal subiu mais, o rosto envermelhou, mas não me permite perder a calma. "Desculpa se te atrapalhei, mas apenas obedeci a sinalização. Feliz Natal! Pra ti. Pra tua família",
respondi, evitando parecer irônico. A mulher virou para o marido raivoso e comentou, séria: "Tu podia ter passado sem essa!" O sinal retornou ao verde e segui meu caminho, aliviado e feliz pelo instante de lucidez que me salvou do lugar comum. Fim de ano, o estresse é grande. Não vou alimentá-lo com mais irracionalidade.