"So long a go,
Was it in a dream,
was it just a dream?
I know, yes I know
Seemed so very real,
it seemed so real to me"
(9#Dream - John Lennon, Walls and Bridges)
Oito de dezembro, 1980. Tarde quente na antiga redação da Folha da Tarde, no primeiro andar do prédio da Caldas Junior. O rádio sempre ligado na editoria de esportes, interrompe a programação e anuncia: John Lennon assassinado por um fã defronte ao edifício Dakota, onde residia com a mulher Yoko e o filho Sean, de apenas cinco anos. Em seguida, comoção geral. Era como a tragédia se abatesse em nossa casa, com um familiar, ou amigo muito próximo, às vésperas do Natal. Estávamos ali, eu e Paulo Acosta (saudade, amigo) abraçados chorando como dois guris. Lágrimas, olhares entre o choque da mais improvável das notícias, invadiram o ambiente.
Muitos amigos ligavam, incrédulos, querendo ouvir que fora uma "barriga" da imprensa. Fui a sacada do jornal para tomar um ar, e na rua gente a chorar, outros sem entender o que estava acontecendo. Meu pai, que trabalhava na agência central do Banco do Brasil, na rua Uruguai, atendeu a dezenas de correntistas com os olhos mareados. Não tinha como evitar a emoção. Procuravam mais informações, era um tempo sem a agilidade da internet.
Confira os eventos sobre Lennon na TV por assinatura:
2 comentários:
30 anos da morte de um dos maiores ícones da música mundial.John Lennon é para o mundo o que Raul Seixas é para o Brasil: um marco na música. Venceu o tempo e a vida para entrar na eternidade no submarino amarelo.
Belo espaço tens aqui. Bom post.
Obrigado, Pedro! John, 30 anos após sua morte, vive na contemporaneidade sua música e defesa de valores.
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