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domingo, 8 de maio de 2011

A mãe do Badanha


Essas mamães!

Seguidamente eu penso em como vive essa senhora, a mãe do Badanha. Reclusa, sofrida, preocupada com a vida e com o pobre coitado do filho, o Badanha. Quem sabe não fica a remoer-se em culpas. Como pode autorizar que registrassem seu próprio filho com tal alcunha? Badanha não é nome. É um impropério, um desabafo para os inconformados em determinadas situações extremas. “Vai te queixar com a mãe do Badanha.” E mãe é mãe, independente de qualquer badanha. Quem já, não ouviu essa expressão? Sim, apenas esta dedicada mãe teria as respostas para todo infortúnio. Ela a única a proteger o filho da humilhação nas escolas, nos tempos em que bullying era só uma palavra estrangeira parecida com bule.

Sim, o Badanha já é um tiozão. Deve regular comigo, em idade. Mas tive mais sorte. Bem que minha querida progenitora tentou me batizar de um nome esquisito.  Juntou os nomes de meu pai Ary, com o dela, Hedy - bacanas, até - mas a mistura resultava em algo como Adi. Ridículo!  Adi Teixeira, ou Adizinho Teixeira, em um diminutivo massacrante. Devastador. Fui salvo por meu pai que detestou a idéia e, na falta de algo melhor, registrou-me com seu próprio nome. Menos mal.

De qualquer maneira quero dedicar – neste dia das Mães - minha sincera homenagem aquelas que fazem tudo para acertar e, algumas vezes, brindam seus amados filhos com nomes assombrosos como Badanha! Dizem que Badanha era um goleiro do Internacional, outros um atacante italiano do Grêmio. Ambos com mães severas e protetoras. Por isso, queixar-se com elas era sempre uma solução.

Viva as mães dos badanhas que aceitam singelos mimos, ou até uma desculpa esfarrapada dos ingratos que a esquecerem em datas como essa. Embora velhos ou velhacos, cultuam os rebentos com fervor, acreditam em seus projetos e os vêem sempre vencedores. E um vencedor para uma grande mãe, não é o filho que retorna com jóias e fortuna, ou carregado em títulos de nobreza, ou cargos políticos. O bom filho é aquele que a orgulha simplesmente por levar a vida com dignidade.

Nós, os “badanhas” dessa terra, preservemos nossas mamães. Mesmo que estas insistam em nos tratar feito eternas crianças. Quem sabe não somos meio assim, meninos e meninas perdidos na casa da mãe Joana? Opa! Olha o respeito! A mãe Joana pode ser meio atrapalhada, um tanto riponga e desligada, mas jamais abandona os seus. Ou algum filho da mãe sabe de alguma denúncia contra esta senhora?

Um comentário:

Tárik Matthes disse...

Deus é pai
&
Pai é Deus

Agora vocês sabem porque falo isso. Pai salva !