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sábado, 14 de maio de 2011

Ode a um velho caquizeiro

Meu velho pé de caqui (plantado pelo Tiago, com apoio da avó)

Todo outono, há 25 anos, um solitário pé de caqui ornamenta meu pátio com centenas de frutos – que divido com todo tipo de pássaro – e amigos, é claro. Afinal é excelente forte de cálcio, fósforo, sódio e, às mulheres oferece um razoável teor de betacaroteno (provitamina A), antíoxidante contra o envelhecimento.

Depois, quando a estação se prepara para o inverno, o caquizeiro desiste de suas folhas, liberta seus galhos para a poda que precisa ser cuidadosa, eliminando galhos secos e garantindo energia para enfrentar o frio, recuperar-se na primavera e esbanjar sombra no verão.

Neste sábado nublado, a descansar em casa, me permiti a esta bucólica, mas agradecida lembrança. Afinal, quantos não fazem apaixonadas odes a seus bichos de estimação. Quantos, não guardam a sete chaves livros e CDs carregados de canções e sentimentos, parceiros em dias assim. Ou perdem tempo com amores que não dão mais frutos porque deixaram suas raízes morrerem.

Meu velho caquizeiro, enfeita, alimenta e sequer preocupa parlamentares, ecologistas ou ruralistas, com seus códigos de reflorestamento. As leis que o protejem foram determinadas aqui, no espaço restrito de meu pequeno pomar.

É uma árvore bonita mesmo nesta época, com suas escassas folhas e ultimos frutos, já machucados mas, com certeza doces e suculentos, quando maduros. Merece o post. Não é falta de assunto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amigo Ari!
Tua croniqueta remeteu-me à infância. Meu pai, a cada Dia da Árvore, abria covas e espalhava sementes com o cuidado de identificar cada espécie e explicar o tipo de fruto que cada uma renderia.
Os caquis, especialmente os de chocolate, eram cercados de um mistério tenebroso. Saborear este fruto misturado ao leite, bergamota, melancia e outros era fatal! Congestão na certa e morte fulminante!
Por isso, cresci fitando de lado os caquizeiros que ornamentavam o quintal que tinha de tudo.
Parabéns! Ótima atividade esta tua do sábado. Para o corpo, mente e coração!

GILBERTO JASPER
Jornalista - P.Alegre