Nas rodovias, motoristas ignoram riscos |
Antes, eu ouvia dizer que os motoristas brasileiros entre outros riscos, se matavam nas estradas por dirigirem carros velhos, ou fabricados em plataformas ultrapassadas. Sem as mínimas condições de segurança. Hoje a situação é oposta. Carros importados maravilhosos, e nacionais muito bem equipados ocupam as ruas. Mesmo assim, acidentes acontecem com fúria insana. Eu dirijo diariamente cerca de cem quilômetros ida e volta, entre minha casa, no Guaíba Country Club, em Eldorado do Sul e Porto Alegre. E vejo coisas de arrepiar. A cada dia aprendo uma nova lição do que não fazer na estrada.
Hoje todo carro com um motor 1.0 pode andar a mais de cem por hora. E todos o fazem. Sem respeito a sinalização, movimento ou a mínima atenção às condições das pistas. Chuva ou sol, simplesmente não muda nada. Os mais perigosos nas rodovias, ainda são os caminhões, muitos com cargas acima do peso e dirigindo mais do que deveriam, no limite do estresse. Logo atrás vem as insanas caminhonetes pick-ups. Voam! A sensação deste motoristas talvez seja a pilotarem casulos inatingíveis que lhes autoriza a fincar o pé e “empurrar” quem lhes vede a passagem. E realmente, mais matam e dilaceram do que morrem.
Jamais desafio a fúria destes condutores. Quando percebo excessos – abro caminho e me mantenho mais atento ainda. Conselho que divido com todos que circulam por estradas e ruas nas cidades. Nos dias da revolução tecnológica dos veículos urbanos, das grandes máquinas da estrada, ultra-equipadas para auxiliar em uma condução mais defensiva, ainda falta chegar às rodovias uma geração minimamente preparada para substituir estas “plataformas ultrapassadas” representadas por um grande número de condutores de veículos em nosso Brasil. Que venham logo, porque os que ainda estão aqui, ceifam e mutilam vidas. Impunes.