Tárik: rock e literatura juntos |
Enquanto atravessava a avenida Atlântica era observado por todos, sentia o perigo que corria lá, mas como sempre, deixou de lado as dicas daqueles colegas revolucionários que ele nem sabia o nome para que, por algumas horas, pudesse ver a sua errônea paixão. Podia parecer que ele fosse alguém cheio de dúvidas, mas na verdade, o amor era o motivo pelo qual ele queria fazer a revolução andar. O grupo Comunista queria igualdade, uma liberdade que refletiria na sociedade, acabando com as diferenças sociais sentidas por Pedro. Rapaz de origem humilde, e Mariana, a rica carioca que mora na Atlântida.
Mariana o viu, como sempre chegava reclamando do jeito do relacionamento deles e, no fundo, isso o agradava. Pedro via isso como semelhança, fruto de uma esperança dele. Mariana não gostava do relacionamento deles e ele do jeito do país, quase a mesma indignação. Anoitecia e ele não se interessava mais por ela, o compromisso gritava pela volta dele. Se despediu dela e agora ia ao recanto revolucionário. Foi a pé, quando bateu na porta e logo breve entrou, assustou-se com os colegas que o olhavam. O embaixador estava no segundo andar esperando interrogatório. Preparou o seu jeito grosso e lá questionou. Nada foi dito e Pedro calou o suíço.
A resposta foi negativa e Pedro ainda teve que aguentar as rebeldias de Mariana em relação à vida misteriosa dele. Ele sabia da tensão, e a perseguição aumentava, falou com o chefe, gritou para a imensidão e no tempo que passava aconteceu a invasão. A porta arrebentada e o DOPS no primeiro andar do sobrado já dava tiros. Pedro sabia que era o fim, e nos últimos pensamentos que restavam –lhe lembrou que Mariana foi de táxi até o local na noite anterior, teria ela dado a localização?! Pensou nisso, nessa dúvida, pranteou, morreu e virou notícia de jornal”
Um comentário:
Ai, meu Deus.. onde é que vai parar isso.....
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