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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Procura-se Virgens


Apesar de ser notícia atual, o leilão pela virgindade da brasileira Catarina Migliorini, encerrado nesta quarta-feira (24), com um lance vencedor de US$ 780 mil (mais de R$ 1,5 milhão), de um japonês (sempre eles!), me parece coisa antiga. Achei que somente nos tempos idos a experiência de uma primeira vez era soberbamente valorizada. Mas vai ver por ser jóia rara nos dias de hoje, seis malucos disputavam a virgindade da garota no site 'Virgins Wanted', da Austrália, com uma feroz disputa de lances entre três norte-americanos, um australiano, um indiano e o japonês vencedor. Agora, de acordo com o regulamento, o vencedor precisará esperar dez dias para consumar o ato, que pelo vocês lerão abaixo, deve ser muito sem graça.

Os produtores dizem que não serão feitas gravações – o que deixaria tudo muito mais pornográfico do que já parece – mas a garota tem um compromisso com a empresa organizadora do leilão e participa de um projeto que acompanha a preparação para o custoso momento que culminará, vejam só, durante um voo entre os céus da Indonésia e os Estados Unidos, onde chegará ex-virgem e milionária.

Nos sites pela internet, eu soube que os pais da jovem, que é de Itapema, não concordaram com a decisão, mas a estarão apoiando. Em entrevista ao G1, a catarinense confessa que foi “tudo no impulso” Era jovem, tinha 18 anos e por ser virgem decidiu candidatar-se. “Era uma oportunidade de viajar, conhecer novas culturas, mas não esperava uma resposta. Quando o diretor (o produtor australiano Justin Sisely) me escolheu, fiquei super feliz e decidi ir até o fim".

E você, amiga leitora, se tivesse a oportunidade de ganhar um bom dinheiro, aceitaria tal proposta? Aceitar o compromisso de ter uma equipe de cinegrafistas durante meses gravando teu cotidiano? Tenho lá minhas dúvidas sobre a questão ética nestes casos. É um direito dela fazer o que bem entender com o próprio corpo. Mas por mais distante que se pareça dos projetos da indústria pornográfica, "Eles filmam meu dia a dia, meu novos amigos, eu falando com a minha mãe, minhas reações", explica Catarina, ainda me parece uma produção erótica. Sexo é isso, independente do processo para se chegar lá.
 
Ela acrescenta: “Ele não poderá me beijar, realizar nenhuma fantasia nem fetiche, nem usar nenhum brinquedo". Chatice! Catarina quer “esfriar” o processo e aí também me vem a lembrança das antigas profissionais do sexo a alertar os fregueses, “Faço tudo, menos beijo na boca”. Tudo muito igual - ou pior - ao oferecido por aquelas damas da noite. Só uma coisa, a meu ver, a diferencia: o preço, que é infinitamente mais alto. Alguém aí pagaria?

Um comentário:

Caren Mello disse...

Arizinho, na minha humilde opinião esse caso choca mais por um aspecto diverso. Acho que a disputa diz menos sobre sexo e mais sobre uma oportunidade de esnobar poder econômico.