Farinhas do mesmo saco: branca ou integral te fazem mal |
Em outras palavras, o livro promete provar que não são apenas fatores genéticos os responsáveis por danos ao cérebro, mas tudo aquilo que ingerimos. Para isso, apresenta relatos e entrevistas com a transformação de pessoas que estariam na trilha da demência e recuperaram - aleluia! - a saúde mental, por meio de uma dieta rica em “gorduras boas” que, segundo ele, facilitam o emagrecimento sem que se perca a cabeça.
Ele criou um programa de quatro semanas para garantir um “cérebro saudável, vibrante e aguçado - sem medicamentos”. A publicação inclui uma lista de receitas e metas fáceis de cumprir mesmo para os abobados da farinha. “O plano de ação de Perlmutter prova que você pode assumir o controle de seus genes, recuperarem o bem-estar e manter a saúde e a vitalidade por toda a vida”, diz um release da editora.
Assim, lá vai mais uma publicação entre muitas contestadas, em sua efetividade – voltada aos gordinhos - grupo ao qual me incluo. Somos refratários a movimentos radicais pelo emagrecimento. A nossa rotina é iniciar dietas que nos expiem a culpa e raramente concluí-las. Afinal, mesmo acima do peso, conseguimos trabalhar. Tampouco nos falta amor, afinal sempre podemos conquistar alguém, literalmente, pela barriga.
As publicações, dicas e dietas milagrosas se repetem quase que diariamente. Recentemente foi o fenômeno da dieta Dukan. Nos anos 80, eu lembro do médico João Uchoa e seu best-seller “Só é gordo quem quer”. Agora surge essa, que ameaça: além de gordo, posso estar me idiotizando a base de carboidratos.
De qualquer maneira, aprendi que a melhor receita é aquela que não te proíbe nada, mas reduz quantidades a níveis que afastem os perigos da gula. Em boca fechada não entra o alimento que aumenta o peso e reduz o QI. O segredo de toda a dieta, se chama equilíbrio. O problema é que para atingi-lo, eu pelo menos, ainda não consegui uma boa receita.