O humor das pessoas na sexta-feira é mais positivo e feliz do que em outros dias da semana. O "sextou" é a antecipação do fim de semana, as pessoas aproveitam essa queda nos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, para curtir uma rara sensação de alívio e relaxamento. Melhor ainda quando é feriado na sexta-feira. Aí é quase um presente divino embrulhado em um calendário.
Na quinta à noite, o despertador já é olhado com desdém, afinal, ele não tem poder algum no dia seguinte. A gente dorme mais leve, como quem sabe que o dia seguinte o mundo pode continuar girando sem a nossa pressa.
A sexta, quando é feriado, tem um brilho diferente. O café parece mais aromático, o sol mais simpático mas, se chover, já começa a especulação sobre quais séries nós vamos finalmente concluir na TV. O ideal é ignorar o noticiário, político e focar nos cadernos de variedades. E se o vizinho ligar o som alto às dez da manhã, eu vou assimilar a sensação de que ele se tornou um DJ de boas intenções.
Aqui em casa esse dia especial de folga, começa com algumas promessas tipo, arrumar a casa, fazer exercícios de alongamento entre outras frugalidades. No fim, cumpre-se apenas a parte de descansar o corpo e a consciência ainda aplaude. Nada de remorsos. Eu me permito achar que até o final do ano, antes do Natal, darei um jeito.
O feriado na sexta é o par perfeito do domingo. Os dois se olham de longe, separados apenas pelo sábado, e formam o que os especialistas chamam de “mini-férias psicológicas”. A alma respira, o relógio desacelera e o coração agradece a generosidade do tempo.
E na segunda, a gente volta mais leve, quase acreditando que poderia viver assim: quatro dias de semana - três de descanso -, num mundo onde o calendário aprendesse a, de vez em quando, ter um pouco de compaixão.

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