De Cidreira ao litoral catarinense, a inglória busca |
No ano passado um vizinho, divorciado ainda na primavera, entrou verão com aquele pique de novo (ou quase) solteiro. Começou com festa no litoral Norte gaúcho. Em Cidreira conheceu
a filha de um ex-chefe, que o acompanhou em uma noitada de muita cerveja. Era
aniversário de um tio (tios e tias não faltam em Cidreira). Não rolou nada.
Aliás, “ficaram” e ele entendeu o real significado deste pré-namoro: beijinhos
e abraços, sem grandes avanços. Nada conseguiu também entre o sábado e o
domingo e na segunda-feira, tomava o rumo de Capão da Canoa e Atlântida.
Descasado em férias ignora a comida ruim, as filas no supermercado, ou a
interpraias maltratada das nossas cidades litorâneas. Só precisa de bebida
gelada e é claro, mulheres disponíveis.
Assim, em Atlântida, conheceu uma psicóloga – ou melhor – foi
reconhecido por ela que o via com freqüência na clinica onde trabalhava (ele e a
mulher haviam tentado terapia de casais, antes dela encontrar a cura com um
engenheiro civil). Foi divertido. mas talvez por cacoete profissional, insistia
em analisar cada movimento seu, fiscalizar maternalmente, se bebia em excesso
ou estacionara em local proibido. O beijo sem graça o fez sentir-se um Édipo
mal-resolvido e assim, tomou o caminho de Atlântida. Lá conheceu a dona de uma
estética de Canoas. Mulher madura, bonita que o convidou para um champagne ao
final da tarde.
Tudo corria bem não fosse descobrir, na pior hora, que ela era casada e
o marido chegava. De surpresa. Escapou, porque o sujeito ligara antes. O que
confirma a teoria de que ligar antes evita terríveis constrangimentos!
Tentou Florianópolis, mas desistiu quando uma simpática argentina que
mais parecia avó de Gardel, insistiu que dividissem uma caipirinha. Ainda
experimentou Garopaba. Na casa alugada por amigos, divertiu-se muito. Cozinhou
para os amigos, mas como todos eram casados, não atingiu seu objetivo de um
rápido namoro de verão. Nos bares, dezenas de outros casais e alguns solteiros,
a maioria homens, o desanimaram.
Ficou assim, meio tatuíra, com pinta de quem vai se enterrar na areia da depressão. Acabou por voltar às praias gaúchas, onde ao menos, poderia conversar com amigos e amigas próximos. O tio – aquele de Cidreira – perguntou se ele não queria acompanhá-lo em uma pescaria. Aceitou, por falta de coisa melhor e também, para economizar. Gastara muito no litoral catarinense. E foi lá, que reencontrou aquela primeira paquera e... Bom isso fica para o próximo sábado.
Ficou assim, meio tatuíra, com pinta de quem vai se enterrar na areia da depressão. Acabou por voltar às praias gaúchas, onde ao menos, poderia conversar com amigos e amigas próximos. O tio – aquele de Cidreira – perguntou se ele não queria acompanhá-lo em uma pescaria. Aceitou, por falta de coisa melhor e também, para economizar. Gastara muito no litoral catarinense. E foi lá, que reencontrou aquela primeira paquera e... Bom isso fica para o próximo sábado.
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