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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um descasado sem par e o verão.

De Cidreira ao litoral catarinense, a inglória busca
Estradas em péssimas condições, nos caminhos do litoral, a situação é ainda pior. Tente ir a Florianópolis em um feriado e verá a imensa  tranqueira que se forma. Imaginem o que acontecerá em plena temporada. Mesmo assim vamos nos atirar rumo ao sol. Todos querem a brisa marinha, o calor que tosta e nos deixa com ar de turista estrangeiro em pleno litoral brasileiro. E se chover? Sim, Florianópolis e suas belas praias têm o péssimo hábito de nos inundar com chuvaradas intermináveis. Torceremos todos por chuva de verão. Aquela que refresca e nos dá infindável paciência para encarar as filas nos restaurantes, a comida ruim a bebida cara. É o preço do sol, da paisagem, da água cristalina e das belezas que desfilam nas areias finas.

No ano passado um vizinho, divorciado ainda na primavera, entrou verão com aquele pique de novo (ou quase) solteiro. Começou com festa no litoral Norte gaúcho.  Em Cidreira conheceu a filha de um ex-chefe, que o acompanhou em uma noitada de muita cerveja. Era aniversário de um tio (tios e tias não faltam em Cidreira). Não rolou nada. Aliás, “ficaram” e ele entendeu o real significado deste pré-namoro: beijinhos e abraços, sem grandes avanços.  Nada conseguiu também entre o sábado e o domingo e na segunda-feira, tomava o rumo de  Capão da Canoa e Atlântida.  Descasado em férias ignora a comida ruim, as filas no supermercado, ou a interpraias maltratada das nossas cidades litorâneas. Só precisa de bebida gelada e é claro, mulheres disponíveis.

Assim, em Atlântida, conheceu uma psicóloga – ou melhor – foi reconhecido por ela que o via com freqüência na clinica onde trabalhava (ele e a mulher haviam tentado terapia de casais, antes dela encontrar a cura com um engenheiro civil). Foi divertido. mas talvez por cacoete profissional, insistia em analisar cada movimento seu, fiscalizar maternalmente, se bebia em excesso ou estacionara em local proibido. O beijo sem graça o fez sentir-se um Édipo mal-resolvido e assim, tomou o caminho de Atlântida. Lá conheceu a dona de uma estética de Canoas. Mulher madura, bonita que o convidou para um champagne ao final da tarde.

Tudo corria bem não fosse descobrir, na pior hora, que ela era casada e o marido chegava. De surpresa. Escapou, porque o sujeito ligara antes. O que confirma a teoria de que ligar antes evita terríveis constrangimentos!  Tentou Florianópolis, mas desistiu quando uma simpática argentina que mais parecia avó de Gardel, insistiu que dividissem uma caipirinha.  Ainda experimentou Garopaba. Na casa alugada por amigos, divertiu-se muito. Cozinhou para os amigos, mas como todos eram casados, não atingiu seu objetivo de um rápido namoro de verão. Nos bares, dezenas de outros casais e alguns solteiros, a maioria homens, o desanimaram. 


Ficou assim, meio tatuíra, com pinta de quem vai se enterrar na areia da depressão. Acabou por voltar às praias gaúchas, onde ao menos, poderia conversar com amigos e amigas próximos. O tio – aquele de Cidreira – perguntou se ele não queria acompanhá-lo em uma pescaria. Aceitou, por falta de coisa melhor e também, para economizar. Gastara muito no litoral catarinense. E foi lá, que reencontrou aquela primeira paquera e... Bom isso fica para o próximo sábado.  

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