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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Eu, machista?

Bastou disponibilizar a crônica pré-carnaval no blog, para uma prima de uma prima de uma amiga minha, dizer que eu ousara ser, mais uma vez, machista ao citar a “escapada” de uma mulher e não de homens que são, de acordo com ela, a “grande maioria dos que traem”, ou seja, estava decepcionada comigo. “Tu que sempre defendeu as mulheres agora costuma criticar as mulheres”. Ora, vejam isso: eu não estava a criticar esposas, noivas ou namoradas. Comentava a “folga” que muitos se permitem – independente de sexo – durante esse período de ode às carnes enfeitadas, seminuas e alcoolizadas. Não me postava feito um severo pregador. Quem sou eu? Apenas defendia o privilégio de conseguir encontrar alguns momentos de felicidade sem excessos e com a parceria amorosa (deve ter amor sim) do dia a dia.


Mas muitos passam um ano inteiro fantasiados de bons pastores. Exemplos de vida. E nas sombras de uma folia quaisquer aproveitam para liberar as feras enjauladas da insatisfação. Peço perdão aos que consideram este veterano escriba machista. Não é nada disso. O ano vai iniciar de verdade nos próximos dias. Aproveito para recomendar a essa prima distante, minha cara leitora no blog e moradora de Santa Maria, que perceba o equilíbrio cada vez mais significativo entre homens e mulheres. Para o bem e para o mal. Que as mulheres não repitam o mal provocado e aceito culturalmente em tantos anos de dominação.


Eu continuarei a provocar. A buscar histórias curiosas no cotidiano das pessoas, porque é isso que move o mundo, que dá sentido à pesquisa científica, que estimula os gênios a produzirem novas soluções para a humanidade. É a saudável competição entre os sexos que torna a vida menos maçante em sua curta passagem terrena. Por trás de um grande homem e de uma grande mulher, existe sempre uma grande responsabilidade. Amor sem restrições, ou restringir o desamor, a inveja e a intolerância.


Eu sei, ficou meio chato, meio pesado esse texto. Mas é a ressaca de quarta-feira de cinzas. É como um sermão perdido em um samba enredo: acaba como uma metáfora à vida como ela realmente é: louca, sempre com um sentido a ser descoberto mas decididamente, maravilhosa.

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