O personagem deste post é um notório mulherengo. Veterano, não toma jeito. Noite sim, noite não, fareja vítimas em bares de solteiros ou botecos comuns. Às tardes, costuma circular em shoppings. Lobo urbano, seduz senhoras carentes, balzaquianas enjoadas da imaturidade dos homens jovens. A maioria acaba engolida pelo tiozão igualmente imaturo. Ele as devolve amarrotadas, saciadas ao estilo fast food emocional. Recentemente perdeu a terceira e, pelo jeito, última esposa. “Ou tu muda, ou vou-me embora”, exigiu a mulher. Para manter a fama de mau, não pensou duas vezes: “Pode ir. Leva o que quiser contigo!” E saiu rumo a ilusão da madrugada.
Voltou no dia seguinte certo de que a encontraria aos prantos, a espera de romântica reconciliação e levou o maior susto ao deparar-se com a casa vazia. Peça por peça, lhe restara o eco dos passos como trilha sonora para um inesperado adeus. Ela o aguardava no quarto vazio. Abalado, tentou manter a fama de mau e ao olhar para o teto, ironizou. “Não tiraste o ventilador de teto. Esqueceu?” No mesmo dia, lá se ia o ventilador.
“Só as prestações ficaram comigo”, comentou abatido aos mais chegados. A ex era uma mulher de posses. “Mas o prazer da vingança foi maior do que a razão” calculou o lobo acuado. Sem outra opção, alugou apartamento de um quarto no centro de Porto Alegre. A lareira de ferro que a ex não conseguira retirar ele presenteou ao irmão e esposa, que poderiam utilizá-la na casa da campo. Ora, a ex era super amiga da cunhada e assim, um belo dia, após um churrasco percebeu a lareira jogada a um canto da garagem. Acabou levando o único objeto que não conseguira tirar. E aliviou a amiga de uma tralha inútil.
Mas um lobo bobo, como diz a canção, não aprende. Volta e meia, a ex propõe um jantar a luz de velas e ele aceita! A pele é fraca eu sei, mas cá entre nós: o lobo que se acha esperto, é o único “utensílio” do antigo lar que restara. Quem disse que não poderia ser utilizado? De preferência sem pudor. A diferença é que nestes encontros, no lugar do lobo agressivo, ela encontra um cordeirinho dócil e obediente, com medo de perder o que não tem.
Alguém sabe quem é o autor da bela ilustração? |
Voltou no dia seguinte certo de que a encontraria aos prantos, a espera de romântica reconciliação e levou o maior susto ao deparar-se com a casa vazia. Peça por peça, lhe restara o eco dos passos como trilha sonora para um inesperado adeus. Ela o aguardava no quarto vazio. Abalado, tentou manter a fama de mau e ao olhar para o teto, ironizou. “Não tiraste o ventilador de teto. Esqueceu?” No mesmo dia, lá se ia o ventilador.
“Só as prestações ficaram comigo”, comentou abatido aos mais chegados. A ex era uma mulher de posses. “Mas o prazer da vingança foi maior do que a razão” calculou o lobo acuado. Sem outra opção, alugou apartamento de um quarto no centro de Porto Alegre. A lareira de ferro que a ex não conseguira retirar ele presenteou ao irmão e esposa, que poderiam utilizá-la na casa da campo. Ora, a ex era super amiga da cunhada e assim, um belo dia, após um churrasco percebeu a lareira jogada a um canto da garagem. Acabou levando o único objeto que não conseguira tirar. E aliviou a amiga de uma tralha inútil.
Mas um lobo bobo, como diz a canção, não aprende. Volta e meia, a ex propõe um jantar a luz de velas e ele aceita! A pele é fraca eu sei, mas cá entre nós: o lobo que se acha esperto, é o único “utensílio” do antigo lar que restara. Quem disse que não poderia ser utilizado? De preferência sem pudor. A diferença é que nestes encontros, no lugar do lobo agressivo, ela encontra um cordeirinho dócil e obediente, com medo de perder o que não tem.
5 comentários:
Legal... Lobo que é lobo só pode ser mau senão perde a graça!
Dá uma olhada no meu blog www.maecorujapensa.blogspot.com
Bah Ari,
Cordeirinhos mamões vestem-se com roupas de lobo, e o pior é que acreditam que são, mas quando veêm estão a mercê de Predadoras viscerais.
Paz e Bem
Adilson DI
?????????? Ficção???
Ficção?????
É Léa, muito parecido com um Lobo (já aposentado, creio eu, que nós conhecemos).
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