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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Há 29 anos, um louco tirava a vida de John Lennon


13h – John e Yoko são entrevistados por Davin Sholin para a Rádio RKO de Nova York.
14h – Sessão de fotos com John e Yoko para a revista Rolling Stone.
16h – John e Yoko deixam o Dakota e vão para o estúdio Record Plant. John é interceptado por MDC que lhe pede um autógrafo na capa de “Double Fantasy”. O momento em que John assina o disco é fotografado por um fã.
22h50 – John e Yoko retornam ao edifício Dakota.
22h52 – Na entrada no pátio do Dakota, MDC aborda John e dispara cinco tiros em suas costas. John é amparado pelo porteiro e por policiais que chegam em poucos minutos. MDC é preso e confessa o crime (seria condenado à prisão perpétua). John é levado ao hospital no carro da polícia. Yoko, histérica, segue em outra viatura.
23h07 – John Lennon é declarado morto.

(fonte: The Beatles Diary)


Estávamos na redação da Folha da Tarde quando chegou a notícia: John Lennon não sobrevivera aos cinco traiçoeiros disparos de um maluco. Lembro a expressão de espanto e profunda tristeza de todos. As lágrimas. Eu e o Paulo Acosta, abraçados chorando. Não tinha como evitar. Doía muito. Éramos da família beatle que nos embalara nas horas difíceis de um Brasil em fase de abertura política. No dia anterior havíamos escutado o disco novo de Lennon, que abria com  (Just Like) Starting Over. Era o recomeço do ex-beatle, após cinco anos de isolamento.

Agora estava lá, morto às vésperas das festas de final de ano. Nova Iorque decorada, em cada esquina um Papai Noel, vitrines decoradas com muita luz enquanto ironicamente, o hino pacifista, Happy Xmas (War Is Over), composto por Lennon em 1969 e lançada em 1971 tocava direto nas rádios de lá, e de todo o mundo. Ainda hoje é fenômeno de vendas e considerada a canção símbolo do Natal no Ocidente.

Gente assim como Lennon, criativos e contraditórios fazem falta sim. Mas o sonho não acabou, como ele próprio sentenciara, deprimido, ao final da carreira com os parceiros Paul, George e Ringo. Canções magníficas de Lennon continuam vivas. Imagine, Woman, In My Life, Help! e tantas outras.

Seria bacana ele hoje, aos 67 anos. Quem sabe agitando ao lado dos demais sobreviventes da banda que transformou o rock and roll em algo mais do que um sacudir de quadris ao som de três acordes básicos. Um louco o impediu em um 8 de dezembro.

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