Duro é saber que apesar de todo o esforço, de toda a disposição em carregar o piano da melhor maneira, haverá sempre um idiota com palavras doentes a te pressionar, a empurrar para baixo. Por mais que você some dois mais dois igual a quatro, terá um sabido encastelado em sua cultura limitada a te dar alguma espetada e gritando, solene, com ar superior: "Você não aprendeu que 2 e 2 é igual a 5?" É nas segundas-feiras que temos a mais absoluta certeza de que a felicidade terrena pertence aos medíocres, aos sociopatas, puxa-sacos que se alimentam de uma desprezível arrogância. Aliás, onde andam os arrogantes de fundamento? Aqueles que aos menos tinham algum talento?
As notícias no rádio nos alertam, com certezas instantâneas. Ouvintes exibicionistas, repórteres despreparados trocam torpedos e se auto-elogiam. Somos o que resta a partir disso. Somos o que escolhemos e determinamos. Sim, em algum momento de nosso passado, nos achamos muito melhor do que a média e matamos a aula que ensinaria a agir sob constante turbulência. Temos culpa sim. Lembram nossos chiliques a cada pequena crise? A insegurança, o medo de mostrar a cara? Foi desta maneira que deixamos o bumbum à mostra. E aí...
O jogo não está perdido, eu sei. As chances de reagir estão aí. Trabalhemos para as segundas-feiras onde a angústia será basicamente a de saber qual roupa vestir e como nos comportaremos diante dos chatos e dos que se tivessem caratér, esse seria mau (frase do Giba Jasper). Está na hora de deixar essa gente na mão. E nos prepararmos para as segundas, terças, quartas, quintas e sextas da realização pessoal. Aí, a coisa mudará um pouco. Não muito, porque o cordão dos bajuladores e líderes de proveta é imenso. mas mantê-los a distância - ou pelo menos sob controle, já será um ponto a mais no caminho das segundas-feiras menos sofridas.
Um comentário:
Patrões, colegas... fofoqueiros sempre atentos. O dinheiro q já acabou e nem na metade do mês estamos... É duro Arizinho.
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