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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Rock não é coisa de maricas! (Rita Lee)


Ganhei o último CD do Erasmo Carlos - Rock And Roll - há mais de mês. Confesso que não acreditava muito no trabalho. Mas ao ouvir, senti a retomada roqueira e pique de guri do Tremendão. Sem frescuras pseudomodernosas. Letras e música simples e eficiente. Vale a pena ouvir no churrascão de domingo, no carro com a patroa.  E para não dizer que estou falando bobagens, deixo aqui o comentário da tia Rita Lee sobre o disco:

“Rock não é coisa para maricas. Erasmo está aí que não me deixa mentir. Ao ouvir esse último trabalho imagino o “gentle giant” cantando no palco vestido de couro preto da cabeça aos pés enquanto marca o beat da música com a mão na coxa. Desde Marlon Brando e James Dean sou chegada num bad boy. Erasmo era o bad boy da Jovem Guarda, o que para mim significa ser ele o verdadeiro pai do rock brasileiro.

E no meio dos trocentos clones que poluem as atuais paradas de sucesso com suas mesmices, eis que nosso Tiranossaurus Rex abre alas só com inéditas. As músicas são a simplicidade com trombetas. As letras o pretinho básico com diamantes. O backing vocal um coral de anjos infernais. Os instrumentos e os arranjos são pérolas do bom gosto (rola até um Farfisa e um Hammond no meio de modernidades sonoras). E toda essa farra pilotada pela produção de Merlin Liminha.

Graças aos deuses Erasmo é Erasmo, uma sacação genial se dizer cover de si mesmo no meio dos Elvis, Robertos, Rauls e Beatles, seus roqueiros porretas. Você vai ouvir um macho apaixonado pelas fêmeas do planeta sem o menor pudor. Entre mulheres melancias, samambaias, melões e jacas, só Erasmo para proclamar aos quatro ventos que a mulher é uma guitarra.E rola de tudo no salão.

Melodias lacrimejantes, harmonias delicadas, rocks gaiatos, baladas românticas, declarações rasgadas, deboches safados, conselhos para dor de cotovelo, guitarras sutis, baixos esquisitões, enfim: Rock´n´Roll me deu uma baita inveja da leveza com que ele conduz seu barquinho por entre as tempestades e calmarias da vida. Erasmo, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!”

Um comentário:

Guga disse...

hehehe ainda bem que eu não nasci em 1890 (Guga)