Pesquisar este blog

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Quando elas querem uma aventura - Epílogo (eles morrem de medo...)

(clique aqui para os links anteriores: parte I, parte II e parte III)
Vale a pena o risco de uma traição em nome da aventura? A situação de um amigo e colega que enfrenta o assédio da sócia – jornalista bonita e inteligente – viveu momentos tensos no período eleitoral. Ao contrário de muitos, a dupla estava sem o que fazer. Onde existe calmaria, sobra tempo para a imaginação fértil. O marido da sócia, mais uma vez em viagem de trabalho pelo interior, deixava a mulher entregue às fantasias e a uma brutal carência afetiva. Desde que iniciei estas postagens em série, ela sofrera visíveis mudanças físicas. Emagrecera, passou a cuidar mais do visual, tudo em função da decisão de tornar-se amante do sócio.

Mas como este meu parceiro assustou - e confesso que o aconselhei a afastar-se da tentação - ela, a cada dia tornava-se mais agressiva nas investidas. Beirava o vulgar. Novos perfumes, olhares cheios de paixão, e verdadeiros ataques às sombras, em locais públicos, além de torpedos cada vez mais ousados no celular. Meu velho parceiro percebi que estava colocando em risco seu próprio casamento.

Estava na hora de decidir entre dois contratos: um puramente comercial e outro, familiar. Com a sócia, é um negócio rentável, com uma carteira de clientes que lhes mantém em intensa atividade. Em casa, mantém uma relação amorosa satisfatória, se comparada a média. Eu lhe advertira que o contrato de amante dura exatamente o período, muito breve, do tesão. Depois, se iguala ao que se tem em casa. Assim, no dia 4 de outubro, enquanto a mídia analisava os resultados das urnas, os dois ainda não haviam elegido suas prioridades na tal aventura. Inicialmente era para ser livre de amarras e regras. Agora, em outras palavras, discutiam a relação.

Foi neste encontro que a sócia, até então, de atitudes aparentemente vulgares deu lugar a outra, que revelava viver um momento único: “Nunca senti isso por outro cara. Não sou sempre assim, mas teu jeito de falar, a maneira com tratas a tua esposa - minha querida amiga -, tudo isso me levou a criar essa fantasia. E queria provar deste mel por algum tempo”, confessou. Em outras palavras, eles sequer haviam consumado o ato libidinoso e ela se antecipava, confessando um amor pelo sócio de tantos anos. Revelava ainda imensa inveja da vida doméstica dele.

Ele escutava e sentia acender-se a luz vermelha da razão. E decidiu: "Não sou homem para ter amante. Eu perderia uma sócia e uma vida doméstica razoável", me disse, preocupado com um futuro caos afetivo. Assim, continua a parceria profissional e os respectivos casamentos. Ambos aparentemente conformados com a própria sorte.

A lição de tudo isso, é única: para se ter um aventura extra-conjugal, não se deve pensar, medir conseqüências. Bateu vontade? Ao ataque! Depois sim, vá conferir o resultado. Agora, eles transformaram a possibilidade de uma aventura em namoro. Coisa de amadores, diriam os sem-vergonhas, digamos assim. O chato tem sido os sonhos com a sócia... Cada coisa! Mas isso não posso contar no Dia da Criança.

11 comentários:

Flávio disse...

Ari, me apresenta a moça!

Ju disse...

Ah! não acredito..terminou o enredo?! E os sócios.. continuam com a sociedade!Acredito que a
"Reflexão" foi denominante para o sócio..e restou para ela..o "nadismo"!Ari.. tá de parabéns.. conseguiu segurar teus leitores de uma forma formidável e com grande suspense!Espero outro breve!!Ah! caso haja uma recaída de algum sócio.. eheheh

Renata L disse...

Arizinho, eu sei que tens mais detalhes desta história... conta, conta, conta, vai...

Márcia disse...

Aqui em Lajeado, chamam isso de "pouca vergonha". E como tem...

Clóvis Souza disse...

Ok. Não é mais dia das crianças... quero os relatos íntimos. Isso é tá muito papai&mamãe. E eu sei q teun amigo te conta tudo. Caso contrário, cade a graça?

Ari Teixeira disse...

Flávio... Posso te afirmar que deves conhecer a moça. Bonita, independente e... Bom.

Ari Teixeira disse...

Ju!
Disseste tudo. Ele, mais uma vez, optou pela"reflexão" e ela ficou no "nadismo". Cheia de vontade e amor pra dar.

Não condeno o cara, eu o aconselhei a ter cautela. Nesses casos, uma boa transa pode ser o começo de uma horrível ressaca...

Carlinhos Silva disse...

Na primeira briga deste "sócio" com a mulher em casa, vai sobrar pra ´"sócia". Ele só precisa de uma boa desculpa pra trair.

Flávio disse...

Conheço a moça? Mais detalhes, Ari, mais detalhes.

Ari Teixeira disse...

Conversei com uma jovem amiga e colega jornalista - Jaqueline Mânica, de Arroio do Meio - que se diz decepcionada com o final da história. E não entendi os motivos dela. A princípio contra a traição, ela queria um "debate", da situação. Mas vale a pena debater? Ou melhor é largar de vez, ou conferir o jogo? Mulheres...

Ana disse...

A pior coisa é paixão mal resolvida!Essa enrolação toda só alimenta a fantasia e da nisso fogo e paixão. Se eles tivesse consumado o fato na fase da atração, ficariam satisfeitos, continuariam sócios e amigos.Todos nós sabemos que, quando se vive no casamento um amor companheiro, paqueras,atrações, encantamentos,paixões consumadas são todas passageiras.