Um bom vinho é bom o ano inteiro, mas alguns são perfeitos no outuno |
Ainda não está na hora dos tintos encorpados como os tannat ou malbec. Mesmo o delicioso carmenère ainda pode esperar um pouco mais, com seu corpo macio e aroma com toques de baunilha e amendoas (torradas na Europa Meridional, é claro). Quem sabe na Páscoa, acompanhado de um voluptuoso risoto de bacalhau. Mas voltemos ao outuno. Em relação a marcas, não indico muita coisa. Não tenho acompanhado os lançamentos. Faltam recursos financeiros para provar tudo que aparece, lamentavelmente. Mas, os chilenos continuam maravilhosos, a Argentina corre logo atrás, qualificou bastante seus vinhedos nos últimos anos e, entre os gaúchos, continuo fã da Vinícola Dal Pizzol, que nunca dá um passo maior que as pernas e tem produtos muito bons para quem deseja prestigiar a produção de vinhos do Rio Grande do Sul.
Cuidado com os vinhos europeus. Nos supermercados eu vejo dezenas de vinhos normais, de mesa, com mais de quatro anos. É um perigo, pois somente vinhos típicos de guarda, ou seja, feitos para tomar bem “velhinhos”, devem ser adquiridos. Certa vez comprei um “Periquita”, português, já com sete anos na garrafa e tive de encarar aquele sabor de rolha mofada, azeda. Espertezas do Velho Continente. Europeus, só um bom Santa Cristina, da família Antinore, vinho com a leveza da Toscana, um espanhol fantástico, Gran Feudo Reserva Viñas Viejas e da terrinha, Portugal, meu favorito, o Herdade do Esporão, com sua aromática mistura entre o Syrah, Aragones, Trincadeira e Alicante Bouschete.
Mas sem devaneios, um bom tinto destas cepas, que não custe muito abaixo dos R$ 12 já fará a festa. Experimentem e depois me enviem relatos.
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