terça-feira, 28 de julho de 2009

Inconformidade gástrica

Minha filha, nutricionista, exige: evite calorias, excessos alimentares. Tens que perder “alguns” quilos! O filho mais velho, fisioterapeuta, faz ampla análise dos danos que o peso excessivo provocava no corpo e principalmente, exercícios e caminhadas mal orientadas determinam aos penalizados ossos dos gordinhos. Finalmente, o filho mais novo, ainda sem titulação, decide passar alguns dias de férias para que possamos conversar mais e ele, assim, dar uma vigiada no pai.

Moral da história: depois de passar por uma gripe forte, decidi dar um tempo na minha pecaminosa relação com as calorias. Até a taça diária de vinho foi banida. É remédio eu sei, mas eu não queria abusar no álcool. Sábado, como estaria com faxineira em casa, optei por um almoço simples e tradicional: feijão bem temperado, sem lingüiças ou bacons e um simplório, mas eficiente arroz com frango. Sem pele, sem ossos ou cartilagens. Nada de frituras, acompanhamento apenas de saladas de alface e tomate. Estava com orgulho de mim mesmo. O gordinho aprendera a lição!

O almoço foi um sucesso, modéstia à parte. O suco de laranjas colhidas no pomar da casa, foi minha única bebida. Aliás, única para todos. Feita a digestão, fomos eu e meu filho mais novo, buscar gravetos para a lareira. Havia um ventinho gelado e a sensação térmica reduzia os cinco graus para bem menos. Foi por volta das 17h que começaram as fisgadas no abdômen, enjôo e aquele desconforto típico de quem se excedera no almoço. Não era o caso.

Até o início da noite eu já estava a base de chás digestivos. Boldo, especialmente. Aliviaram a dor, mas a náusea permaneceu forte. Só fui melhorar na madrugada de domingo. Mais um dia restrito a raspas de maça, sucos e chás. Nem sopa ralinha me animava. Só melhorei ontem e hoje estou postando esse texto diretamente da casa da dona Hedy, minha mãe. Pelo cheiro que vem da cozinha, teremos um assado bem temperado, feijão carregado de carnes e embutidos. E nem me atrevo a imaginar outras misturas.

Desculpem meus caros nutricionistas, fisioterapeutas e curiosos. Mas vou sair da dieta para não continuar enjoando. Estou achando que comida muito leve, provoca uma espécie de inconformidade gástrica no sistema digestivo. E não posso enjoar justamente hoje dia em que trocarei duas torneiras em casa. Ah! E ainda terei de fazer uma caminhada com meu cão, um pastor alemão que se recupera de uma lesão na pata traseira.

Tanta atividade vai me exigir energia. E não posso ficar com enjôos típicos de grávidas. Fala sério. Além disso, o filho mais novo que ficaria me vigiando, já debandou para a casa de um amigo onde tem jogos eletrônicos, sinuca e adultos bem mais tolerantes a administrar as atividades. Férias tem que relaxar mesmo. E estou completamente, sem saco para ser metódico. Pelo menos até a semana que vem quando retornarei ao trabalho.

Até lá, pode servir que vou provar. Com ou sem culpa.

2 comentários:

Léa Aragón disse...

Sei não...esta barriguinha protuberante e estes enjoos...Acho que vai aumentar o número de filhos cuidadosos e carinhosos. Quero ser madrinha! bjo

Letícia disse...

Ari,eu fiquei sabendo do óleo de cártamo para emagrecer. Parece que tem no Mercado Público.

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