Tantas alternativas absolutamente novas. Tecnologias fantásticas, oportunidades únicas para a gurizada que se aventura no mercado de trabalho. Duro, competitivo, selvagem como sempre – seja ele de direita ou esquerda. Quando imaginaríamos tantos cursos, tantas faculdades e possibilidades de mestrado? Estudo no exterior não é mais um bicho de sete cabeças. Tem cinco ou seis, reconheço, mas a maioria dessas cabeças podemos degolar com uma razoável equalização financeira e fluência em idiomas.
Austrália, Canadá, Portugal, Espanha, Alemanha são alguns dos países onde filhos de amigos meus foram buscar especialização, experiência de vida e algum dinheiro. Mesmo assim, com todas essas possibilidades e talvez, em função de tamanha abertura, vejo muitos jovens travados. Inseguros, diante do universo que se abre, sejam médicos, jornalistas ou técnicos em informática.
Austrália, Canadá, Portugal, Espanha, Alemanha são alguns dos países onde filhos de amigos meus foram buscar especialização, experiência de vida e algum dinheiro. Mesmo assim, com todas essas possibilidades e talvez, em função de tamanha abertura, vejo muitos jovens travados. Inseguros, diante do universo que se abre, sejam médicos, jornalistas ou técnicos em informática.
Não é fácil. O novo exige dedicação, confiança e uma capacidade enorme de superar a competição, cada vez mais acirrada entre eles mesmos. A gurizada que se dedica está a mil! Mas na maioria das vezes, não confia muito em seu potencial, ou confia demais. "Se acha" como eles mesmos dizem. Assistem outros a dominar alguma tecnologia de ponta, ou freqüentarem mais especializações e acabam levando medo, ou tendo a absoluta certeza de que tudo o que havia antes será apagado a partir de agora.
Nós, pais conhecemos perfeitamente nossos rebentos. Sabemos de suas qualidades e, quando somos atentos, das limitações também. Mas mesmo assim é difícil acalmar a fera do medo que os assusta nos momentos mais íntimos. Será que valeu a pena tudo isso? Essa especialização vai me abrir portas? Se eu for para o exterior, poderei voltar? E o pai e a mãe? E os amores?
Assim nos resta mostrar que acima dos cursos, das especializações está o sentimento. A capacidade de improvisar mesmo onde aparentemente tudo é claro e perfeito tecnicamente. Acima de tudo, devemos ensinar que amor próprio não é arrogância. Humildade, também não é sinônimo de submissão.
Não queremos uma geração de narcisos apaixonados e consumindo-se com a própria imagem. Os queremos dispostos a serem admirados pela capacidade de servir. Somente assim qualquer profissional conquista espaço e faz de sua labuta um exemplo de sucesso. E garante a façanha de ser único entre iguais.
2 comentários:
Ser pai(ou mãe)já é muito difícil. Mas hoje, com tantas alternativas, tentações,fracassos próximos, preconceitos e "exigências sociais", exige dedicação permanente. Demonstrar a necessidade de equilíbrio entre ganhar dinheiro e não perder a ternura, crescer na profissão e não esquecer os amigos, viajar para se especializar sem esquecer a família são apenas alguns desafios diários que nós, "corujas", enfrentamos. Como convencer os piás e gurias de que conquistar a independência financeira é importante é tão importante quando ser feliz no trabalho? Sensibilidade. Só isso resolve. Ou continuaremos a assistir espetáculos dantescos de adolescentes dando verdadeiros shows de imaturidade, falta de limites e descontrole. Se alguém duvidamr, basta frequentar os corredores de alguns colégios privados, shoppings ou festas em lugares badalados...
Gilberto Jasper
Porto Alegre
Adorei todo este teu texto, ele é uma aula de como lidar com o Mercado de Trabalho e os sentimentos. Concordo que a especialização deve andar junto com sentimentos, capacidade de identificar o que está bom e o que precisa melhorar e, ainda, coragem, muuiiiita coragem!
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