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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O primeiro banho de caneca de 2010


Aconteceu mais ou menos assim: véspera do Ano Novo,  preparativos acelerados para a ceia e lá se vai a energia elétrica.  Pararam os motores do filtro da piscina e bomba que enchia a caixa d’água.  Esfriou o ferro que passava os lençóis do quarto de hóspedes e, é claro, os ânimos de quem receberia familiares e amigos para o reveillon. A CEEE não prometia nada, dizia que buscava pela origem do problema. Em casa, se buscavam velas. Onde andavam as velas? Entrar 2010 a luz de velas?


A noite teria lua cheia. Chegou a se pensar em mesa no pátio, ao luar. Romântico, mas nada prático. A luz azul da lua poderia ser coberta por nuvens! Velas ao vento? Tétrico e improvável demais! Lampiões, lanternas? Não havia. Mas por volta das 21h, retornava a energia para alívio de quem tinha muita bebida e sorvetes a esquentar no refrigerador.

A tranqüilidade durou pouco. De repente, roncou uma torneira. E outra! E o vaso não dava descarga! A caixa dagua estava totalmente vazia. A bomba que deveria encher os reservatórios, queimara com a queda de energia.  Ou seja, havia luz, mas estavam a seco! 


As cisternas que ecologicamente guardam água da chuva para o jardim e limpeza da casa, foram a alternativa. Banho, só de bacia, como antigamente. Entrava-se em 2010 igual a um século atrás. Era isso ou o banho frio na piscina. 

No sábado, dia 2, foi consertado o abastecimento doméstico de água. E aí sim, um segundo brinde coletivo. Viva 2010! Depois de acompanhar o noticiário – tragédia em Angra dos Reis, a insensatez do trânsito e excessos de bebida e suas vítimas – todos que haviam enfrentado um dia de racionamento, chegaram a conclusão de que estavam muito bem, obrigado!

Em  2010, o negócio é não cair em depressão. Achar que a casa vai cair a qualquer momento. Dificuldades não escolhem hora, mas decidir como enfrenta-las é possível. Equilíbrio, serenidade e objetivos bem definidos são fundamentais. Caso falte luz, acenda uma vela. Triste mesmo é ficar sem energia. Vencido pelo inesperado. 

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