Eu me criei de frente para o Guaíba. Em minha primeira infância, vivia em um imenso casarão nos altos da Luiz de Camões, no bairro Partenon. Tinha um balanço – daqueles de corda amarrados a um tronco de árvore – de um onde eu me encantava com as cores do céu, da água e com os navios que chegavam ao Porto.
Quando retornei ao Menino Deus, bairro onde nasci, não cansava de admirar a beleza do sol que se punha pintando de um vermelho bem quente o calçamento recém feito da rua Costa, onde morava. No verão, a turma costumava ir em grupo pescar lambaris e nadar na praia que, na época, era chamada de rio e não também não tinha poluição.
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