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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O sempre lindo entardecer às margens do Guaíba

Eu me criei de frente para o Guaíba. Em minha primeira infância, vivia em um imenso casarão nos altos da Luiz de Camões, no bairro Partenon. Tinha um balanço – daqueles de corda amarrados a um tronco de árvore – de um onde eu me encantava com as cores do céu, da água e com os navios que chegavam ao Porto. 

Quando retornei ao Menino Deus, bairro onde nasci, não cansava de admirar a beleza do sol que se punha pintando de um vermelho bem quente o calçamento recém feito da rua Costa, onde morava. No verão, a turma costumava ir em grupo pescar lambaris e nadar na praia que, na época, era chamada de rio e não também não tinha poluição.

Hoje o Guaíba é oficialmente um lago, na minha adolescência fora estuário. Não importa. Eu o guardo na memória e assim, preservo aquele cheiro gostoso de água cristalina além de sua grandiosidade e beleza. A maravilhosa foto de Lívia Auler, capta a partir de outro ângulo, um momento igualmente fantástico do Guaíba, às margens agora de uma cidade com mais cimento e poluição. Mas sem perder a majestade, torna tudo mais bonito e humano.

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