Após um fartão de gauchismo farroupilha, na terça-feira nublada, cara feia de peão e prenda nenhum botar defeito, estava eu a caminho do trabalho quando, defronte a um mercadinho próximo a minha casa, vi dois jovens que desgarregavam caixas de verduras e frutas de uma velha Kombi. Tudo muito normal, não estivessem rigidamente trajados à moda "emo", ou seja, jeans femininos justos, lenços coloridos, cabelos naquele estilo lambido, a cobrir os olhos. Como seu morador da zona rural da região metropolitana, a cena é insólita.
Sem medo do peso, os rapazes mantinham o padrão emo core - ar de quem comeu e não gostou, ouvindo uma música de guitarras pesadas, vocal dramático e letras simplórias de amor. Minha mulher percebeu que, apesar do trabalho braçal, estavam maquiados como para uma festa, às 6h45min! Brilho nos lábios, rímel nos olhos e aquele caminhar delicado - sensível - como denominam os meninos e meninas desta tribo sexualmente flexível.
A mercadoria, pelo que pude perceber entre xuxus, alfaces e bananas, era colorida e fresca. Muito fresca. Sem câmera fotográfica, não pude fotografar a dupla que, segundo meu colega Celso Fabiano, por vocação e cultura, "adora verdura".
3 comentários:
Arizinho, pelo visto além de verdura, tinha muita "FRUTA" junto, né !!! Tenha um bom dia meu amigo.
HI, Jeff! Meigas frutas, soltas no pomar da sensibilidade...
Lamento profundamento o desvirtuamento que este espaço experimentou no dia de hoje. Basta ver a diferença de temáticas... Pô, Ari, afinal de contas, como foi o feriadão do sócio e da sócia, heim? Volta pro teu caminho de origem. Ou fostes cooptado pelos verdureiros e não tem mais volta?
GILBERTO JASPER
Jornalista POA
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