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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Quando elas querem uma aventura – Parte I

"Quando a mulher ciente da beleza encara a natureza e vira iemanjá,
seduz o coração do homem com a tentação do seu Olhar de Mangá" Erasmo Carlos, CD Rock and Roll

Semana passada, na correria da Expointer, em Esteio, ainda precisei agir como conselheiro sentimental de um colega jornalista, radicado a muito tempo em São Paulo. Ele atua como assessor de imprensa em empresas ligadas ao setor rural junto a uma sócia. Atendem muitos clientes, mantendo uma relação extremamente profissional e de grande confiança, como deve ser toda sociedade. Ela é casada, ele também o que facilita seguidas reuniões famíliares em churrascadas domingueiras. Só que nos últimos meses, ela passara a vestir-se com roupas mais justas. A usar perfumes caros e a consultar se lhe agradava o novo visual.

Sem dar-se conta do que acontecia no íntimo da sócia, brincava que estava bonita  e que o maridão se cuidasse. Ela respondia com olhares de "pidona" e insinuações muito diferentes da antes discreta e séria colega. Foi abaixo de chuva, logo após a abertura dos portões do Parque Assis Brasil enquanto almoçam para definir pautas e agenda que a conversa definiu seu novo rumo. À queima roupa, ela disse que amava o marido, adorava a vida com os filhos, mas fantasiava uma aventura com o sócio, amigo e parceiro de confidências domésticas.

Ele aproveitou o som alto da música ao vivo da churrascaria Casa do Gaúcho e com as mãos trêmulas, sinalizou que não conseguia ouvir nada. Levantou rápido da mesa, atendeu a uma ligação imaginária ao celular e diante das três esferas símbolo da Feira, desconversou. Ela não se intimou e voltou ao tema: “Não pretendo abandonar meu marido. Está tudo bem em casa, mas me sinto profundamente atraída por você. Será só prazer e vai acontecer aqui.”, sentenciou.

Garanto a vocês que este colega não tem pinta de galã. É um sujeito educado, que se veste bem e não tem o hábito de sair por aí jogando charme nas mulheres. Portanto, surpreendeu-se. E lá no fundo de seu íntimo, viu brotar o macho conquistador dos tempos de solteiro. Considerou a possibilidade desta relação paralela. “Que tal? Só uma vez? Ela me disse coisas que mexeram comigo, afinal”, relatou. Mas ao mesmo tempo a realidade e a maldita culpa bateram: a vida com a esposa é muito boa, estão felizes, se curtem etc.

Da tentação na Expointer, ele escapou. Mas na semana que vem os dois viajam outra vez. As feiras da primavera começam no setor rural. Quer minha opinião. O que devo recomendar a este bravo jornalista? O arrepio de uma paixão escondida, cheia de riscos, ou o porto seguro da vida doméstica? A razão como funciona em uma hora de tamanha tentação? Especialmente quando a mulher é quem seduz? Ou não existe tentação alguma e ambos são dois sem-vergonhas dispostos a tudo para a satisfação dos mais baixos instintos?
 
No domingo, conversaremos pelo MSN, os próximos dias serão decisivos. O que vocês acham, será o fim da sociedade? Ele deve ceder, ou vai segurar as pontas?

8 comentários:

Flávio disse...

Nomes, quero nomes, Arizinho!

Carla F. disse...

Acredito que os dois, não apenas ela, provocou esse clima. Ele pode estar surpreso, mas em algum momento, permitiu que ela partisse para essas fantasias. A vida equilibrada de um relacionamento, tem seu preço. Os dois são responsáveis. Eu avaliaria bem, pensaria profundamente no que leva a esse tipo de comportamente. Uma aventura às vezes ajuda. Mas na maioria dos casos, apenas afunda tudo.

Arizinho disse...

Eu não conheço o histórico da relação destes sócios. Mas com certeza, tudo acontece sempre com o consentimento de ambas as partes. Até podem acontecer casos de amor platônico, mas de qualquer forma, a parte favorecida por esse sentimento, sempre usufrui disso. Ou estou errado/

Ari Teixeira disse...

Flavinho... Nem sob tortura! Mas posso vc conhece, pelo menos um dos envolvidos.

Ari Teixeira disse...

Aos iniciados no tema, confiram o guia fantástico disponibilizado no blog do Flávio Dutra
http://viadutras.blogspot.com/2010/09/manual-para-todas-as-ocasioes.html

Nopin disse...

Histórias como esta são normais e os homens se espantam. O sexo masculino pensa que conquista, apenas é aceito e quando a mulher decide, nisguém segura. De onde acham que o ditato: Água morro abaixo, fogo moro acima e mulher quando quer dar, ninguém segura. ?

Ana disse...

Uma vez só, para sentir o sabor, sem machucar ninguém, que mal tem?Anamaria

Ari Teixeira disse...

Ana, longe de mim bancar o moralista. Mas o problema reside justamente neste ponto: machucar alguém. Tenho certeza que esta mulher vai curtir o sócio e, dias depois, pedir mais. E mais... Até chegar aquele sábado fatídico onde bate a saudade e ela te obriga a atender o telefone - cheio de cuidados - pra dizer que só queria ouvir tua voz. Q tem inveja de tua mulher... É o fim da brincadeira e o início do pesadelo.